Imprensa italiana detona Ferrari e chama Leclerc de "kamikaze"
Piloto monegasco bateu no companheiro alemão Sebastian Vettel e causou abandono duplo da equipe no GP da Estíria de F1
A Fórmula 1 2020 começou difícil para a Ferrari. Mesmo Charles Leclerc, exaltado após pódio improvável na abertura do campeonato no GP da Áustria, não foi perdoado pela imprensa italiana depois da batida com o alemão Sebastian Vettel no GP da Estíria.
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Na prova deste domingo, o piloto monegasco acertou o carro do companheiro de equipe logo na primeira volta e causou abandono duplo do time de Maranello, que caiu para o quinto lugar do mundial de construtores.
No Il Giornale, Leclerc foi chamado de “kamikaze” e "burro" por estragar a corrida da equipe vermelha. A publicação, porém, destacou que o acidente não pode esconder os reais problemas da Ferrari com o novo carro, SF1000. Veja abaixo:
“A bobagem do predestinado, que foi de herói a burro em uma semana, é a ponta do iceberg que rapidamente chega ao fundo. Seu desejo de se destacar lhe enganou. O predestinado, disfarçado de kamikaze, arruinou tudo. Às vezes, esquecemos que ele tem 22 anos e só 43 corridas. O acidente não deve esconder o problema real da Ferrari, que não é dos pilotos. O problema é o carro que não é capaz de se classificar melhor do que no décimo lugar”.
“O Mundial está nas mãos de Hamilton, mesmo que Bottas seja líder. Toto Wolff (chefe da Mercedes) diz que sente falta da Ferrari, mas está rindo como louco atrás da máscara. Parar Hamilton parece uma tarefa desesperada, assim como a Ferrari”, completou o Il Giornale.
Il Giornale critica Charles Leclerc
Photo by: Reprodução
Mais críticas ao carro
A ponderação foi ecoada pelo La Reppublica: "Não diga que a Ferrari pode se recuperar desta com um carro nascido de um projeto equivocado e um motor fatigado com ajuda de um milagroso monegasco que os levou ao pódio uma semana atrás. É pior que o esperado."
La Gazzetta dello Sport também não poupou críticas: “Há necessidade de reação. Os resultados não correspondem com a Ferrari. Não é nossa opinião, mas a consciência de Mattia Binotto (chefe da equipe). O SF1000 não tem futuro."
"A Lei de Murphy vai se chamar Lei de Ferrari. Se existe chance de algo dar errado, vai dar. Tivemos uma nova versão dos eventos do Brasil”, seguiu o jornal, fazendo menção à polêmica batida de Vettel e Leclerc na corrida do ano passado em Interlagos.
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