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Fórmula 1 GP do Brasil

Jackie Stewart: "Rubens ainda tem lenha para queimar"

Com exclusividade ao TotalRace, tricampeão relembra como era difícil superar seus companheiros com carros ruins

Barrichello e Maldonado

Tricampeão do mundo e ex-chefe de Rubens Barrichello, Jackie Stewart defende que o brasileiro ainda tem “lenha para queimar” e deve continuar na F-1 ano que vem. A opinião do ex-piloto escocês, que falou com exclusividade ao TotalRace, é compartilhada pelo atual companheiro do brasileiro, Pastor Maldonado, e pelo bicampeão Fernando Alonso.

“Espero que não seja sua última corrida e não acho que deveria ser sua última corrida”, defende Stewart. “Quando seu carro não é muito bom, é comum que seu companheiro de equipe consiga fazer tempos parecidos. Mesmo que seja mais talentoso e experiente.”

O ex-rival de Emerson Fittipaldi relembrou uma história dos tempos em que corria para explicar a diferença pequena de rendimento entre Barrichello e Maldonado neste ano.

“Quando corria pela BRM, em um carro ruim, em 1967, meu companheiro de equipe, mesmo sem experiência, era tão rápido quanto eu porque o carro não possibilitava andar mais rápido. E só conseguia ser mais rápido que ele no Nurburgring ou no velho Spa, devido à minha experiência e conhecimento.”

Para o escocês, o piloto tem condições de seguir na categoria. “Maldonado tem sido tão rápido quanto Rubens neste ano, mas Rubens é definitivamente um melhor piloto. Então acho que ele tem lenha para queimar, acho que ele teve uma carreira fantástica, mas acho que ele deveria continuar em 2012.”

O apoio é o mesmo entre os pilotos. Fernando Alonso destacou o carisma do brasileiro e preferiu não falar em tom de despedida.

“O que falar de Rubens? É uma pessoa muito carismática aqui dentro, um dos melhores pilotos que o Brasil teve nos últimos tempos. Sabemos que cedo ou tarde chegará ao final, não sei se é nesta corrida, ou no ano que vem ou no próximo. Quando chegar [a hora] falaremos. Gostaria que seguisse correndo, porque o dia que ele não estiver, sentiremos sua falta, porque é um amigo.”

A exemplo de Alonso, seu companheiro na Williams, Pastor Maldonado, fala em “pelo menos um ano.”

“Espero que não [seja sua última corrida]. Espero que não, ainda que já esteja há muitos anos na F-1. Porém, creio que ele tenha muito talento e seja um grande piloto. Esperemos que fique pelo menos um ano mais.”

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