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Fórmula 1 GP da Hungria

Massa destaca importância do briefing para melhor compreensão das regras

Brasileiro explica como acontece encontro e analisa a responsabilidade de pilotos, equipes e comissários sobre casos polêmicos em pista

Felipe Massa

Imaginem os pilotos sentados dentro de uma sala, como alunos, recebendo orientações e brincas do Diretor de Prova, como se fosse um professor. É assim que funciona um briefing de pilotos no automobilismo.

Na Fórmula 1, assim como em outras categorias, o procedimento é o mesmo. Não chega a ser como em uma sala de aula (apenas visualmente é assim), uma vez que todos os "alunos" têm direito a voz, não só o "professor".
 
E, nesta semana, o briefing promete, uma vez que o episódio envolvendo Sebastian Vettel e Jenson Button, na Alemanha, ainda não esfriou. Vettel passou Button por fora da pista no hairpin de Hockenheim e, ao fim da prova, foi punido e caiu de segundo para quinto no resultado do GP da Alemanha.
 
Para explicar como funciona um briefing, nada melhor que um dos "alunos". No caso, Felipe Massa: "Normalmente, a primeira pergunta é sobre a última corrida. O [Charlie] Whiting fala o que acha que viu e tem de falar, principalmente as coisas negativas que aconteceram. E aí, em seguida, começa a perguntar se os pilotos têm algo a dizer."
 
"Aí, os pilotos perguntam sobre o que cada um tem em mente sobre o que aconteceu na última corrida e discutem o que aconteceu", comenta o piloto brasileiro, que vê no briefing a oportunidade ideal de assimilar a principal "lição", que é compreeender e esclarecer todas as dúvidas sobre o regulamento.
 
"Para nós, o mais importante é ter o regulamento claro na cabeça. Aconteceu várias vezes de um piloto ser punido por um ato em uma corrida e, na prova seguinte, acontecer a mesma coisa e ninguém ser punido. A gente pede para que expliquem o que pode ou não", continua Massa, que relembra o caso envolvendo Lewis Hamilton e Nico Rosberg no Bahrein, uma situação similar à de Vettel/Button.
 
"No caso do Bahrein, quando Hamilton passou Rosberg fora da pista, por exemplo. Se o Rosberg fechou ou não, independente disso, o Hamilton ultrapassou ele do lado de fora da pista. O que aconteceu na última corrida foi exatamente igual: foi pra fora, passou, tem de ser punido", diz.
 
Contudo, Massa também crê que a equipe também tem bastante influência nos episódios, levando em consideração uma situação vivida também com Rosberg no GP da Itália de 2008. "Quando aconteceu de passar Rosberg quase do lado de fora da pista, estava no limite, em cima da linha", relembra. 
 
"Perguntei para a equipe e eles me mandaram devolver. Se a FIA tivesse visto diferente e achasse que tivesse cortado e não devolvido, e, talvez, na próxima curva, outro carro passasse o Rosberg, teria de devolver duas posições. Isso é algo que tem de vir da equipe também. Se ele achou que estava certo, a equipe deveria ter falado", completa.
 
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