Além de Ímola-2023: relembre GPs de F1 cancelados com equipes já no autódromo
Em 73 anos, já aconteceram mudanças de planejamento por várias razões, entre Covid e a guerra da Ucrânia que tirou a Rússia do calendário, mas casos com times no circuito são raros
Nesta quarta-feira, foi confirmado o cancelamento do GP da Emilia Romagna de 2023 por causa da emergência climática perto do autódromo de Ímola. A decisão da Fórmula 1 vem após as equipes já terem se instalado no circuito italiano, o que mostra a gravidade da situação das chuvas na região.
Mas, historicamente, quais são os precedentes para suspensões de corridas da elite global do esporte a motor quando os times já estão na pista que sedia um evento? O jornalista Raymond Blancafort, do Soy Motor, resgatou alguns casos.
O primeiro deles é o GP da Austrália de 2020, cancelado em Melbourne por causa do coronavírus quando a pandemia começava a preocupar toda a humanidade. A Covid-19, aliás, não impactou somente aquela temporada e a subsequente, uma vez que suas consequências têm impacto na F1 até hoje, uma vez que o calendário de 2023, por exemplo, continha o GP da China, que viria a ser cancelado por causa de questões sanitárias no país asiático.
Mas, com as escuderias já presentes em um autódromo, além dos casos supracitados, há três ocorrências. Uma delas é o GP da Bélgica de 1985. A prova inicialmente seria disputada no dia 2 de junho, mas foi adiada para 15 de setembro em Spa-Francorchamps. Na primeira 'tentativa', por causa de recente reasfaltamento do circuito, houve muitas reclamações dos pilotos e posteriormente a verificação de que a obra havia sido mal executada em alguns pontos. Resultado: adiamento.
Nos outros casos, não houve um cancelamento ou uma suspensão propriamente dito, mas sim um boicote. Os eventos inclusive foram disputados, mas com apenas parte das equipes, de modo que acabaram não entrando nas estatísticas históricas da categoria máxima do automobilismo mundial.
O segundo episódio é o GP da Espanha de 1980, no auge da 'guerra' entre FISA (equivalente da época à Federação Internacional de Automobilismo, comandada pelo polêmico 'cartola' francês Jean-Marie Balestre) e FOCA (associação de construtores da F1, chefiada por Bernie Ecclestone).
Foi a 'queda de braço' entre as equipes garagistas britânicas e os times de fábrica oficiais das montadoras. As escuderias 'de marca' abandonaram Jarama e as restantes disputaram uma corrida que não consta nas estatísticas do campeonato de 1980 da F1, sendo um GP 'extra-campeonato'.
O terceiro caso é o GP da África do Sul de 1981, também por causa da 'batalha' FISA x FOCA. Em Kyalami, o estopim foi a alteração de regras aerodinâmicas por causa do 'efeito solo'. A mudança agradou as garagistas e os times de fábrica não correram a prova, que virou um GP de Fórmula Livre.
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