Para Briatore, "situação da F1 é desoladora"
Flavio Briatore vê Fórmula 1 em momento muito ruim e Liberty Media sendo desrespeitoso com Bernie Ecclestone no processo de mudança do comando da categoria











Após quase quatro décadas à frente da Fórmula 1, Bernie Ecclestone foi retirado do comando pelo Liberty Media, grupo que comprou a categoria. Para Flavio Briatore, que esteve na F1 por muitos anos como chefe de equipe de times como Benetton e Renault, a situação atual da categoria não é nada boa e os novos donos não respeitaram Ecclestone.
"Quero ressaltar que o que aconteceu (a retirada de Ecclestone) não foi muito elegante", disse Briatore ao diário italiano La Gazzetta dello Sport. "Tenho uma ligação estreita com Bernie, pois ele financiou parte da operação da Ligier e depois da Minardi, times que vendi para Alain Prost e Gabriele Rumi. Temos a mesma visão sobre a F1, Bernie deu fama e êxito também a pessoas que não mereciam."
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Sobre o momento atual da categoria, que acabou de ser vendida para o Liberty Media, Briatore foi categórico: "A situação da F1 é desoladora, grande parte dos times estão em crise por falta de dinheiro, os circuitos estão entrando em colapso - Silverstone está sob risco, Cingapura faz a última corrida neste ano, assim como a Malásia. Os únicos que saíram ganhando foram os promotores do CVC", afirmou, em referência aos antigos donos da F1.
"Como dirigir o esporte desta maneira? O erro e de todos, inclusive da FIA e das equipes, que votaram a favor dos motores híbridos. Este regulamento não vale para nada, apenas fez os custos aumentarem. Os problemas começaram quando a FOTA (Formula One Teams Association) acabou. Se a entidade ainda existisse, não teriam seguido por este caminho", disparou.
O Liberty Media também deseja aumentar o número de corridas nos Estados Unidos para cinco, o que Briatore acha arriscado. "Se não tomarem cuidado, isso pode ser perigoso demais. Ainda mais considerando o quanto o mercado norte-americano é complicado. Uma corrida em Nova York? Até agora, foi uma grande operação financeira, mas pouco foi falado sobre o produto", acrescentou.
"A categoria precisa voltar a ser um campeonato de pilotos, não de engenheiros. O Liberty deveria congelar os motores o quanto antes - como no fim da era dos propulsores aspirados, quando 12 carros andavam no mesmo segundo", completou.

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