Fórmula 1 GP de Mônaco

Para Wolff, duelo Alonso-Hamilton prova que F1 precisa modificar traçado de Mônaco

Mas chefe da Mercedes admite que pedido pode ser otimista demais, devido às limitações de espaço do local

Lando Norris, McLaren MCL36, Fernando Alonso, Alpine A522, Lewis Hamilton, Mercedes W13

Para o chefe da Mercedes, Toto Wolff, a disputa entre Fernando Alonso e Lewis Hamilton, com o piloto da Alpine segurando o heptacampeão e outros pilotos no GP do último domingo é a prova de que a Fórmula 1 precisa considerar modificações ao traçado de Mônaco.

Com o grid trocando os pneus de pista molhada pelos slicks, Hamilton ficou preso atrás de Alonso na luta pela sétima posição, com o britânico ficando na cola do ex-companheiro de McLaren até o fim da prova na volta 64 pelo tempo transcorrido.

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Para aumentar ainda mais a frustração de Hamilton, Alonso vinha tão lento que isso permitiu que Lando Norris abrisse mais de 30s para os dois, o que lhe deu uma parada grátis, podendo colocar pneus novos e buscar a volta mais rápida.

Alonso explicou que teve que reduzir seu ritmo para garantir que os pneus médios durassem até o fim da corrida, afirmando que as críticas de Hamilton não eram problemas seus. Esse incidente lembrou o de Enrique Bernoldi e David Coulthard, em 2001, quando o escocês da McLaren ficou preso atrás do brasileiro por 35 voltas.

Segundo Wolff, a impossibilidade de Hamilton em encontrar um ponto de ultrapassagem apesar de chegar ao ponto de ser cinco segundos mais rápidos por volta provam mais uma vez que é preciso considerar modificações ao circuito do principado.

"O que vimos é outra lição de que posição de pista é tudo em Mônaco. Cinco segundos é como um carro de F2, mas sim, acho que precisamos olhar. É um espetáculo muito belo aqui, um lugar incrível de se estar, mas precisamos olhar para o traçado, porque fomos cinco segundos por volta mais rápidos e ainda assim não conseguimos ultrapassar".

Mudança no traçado seria "pensamento positivo"

 

Photo by: Red Bull Content Pool

A pista estreita e cheia de curvas de Mônaco, além dos aspectos comercial e organizacional do GP, seguiam intocáveis há décadas, mas sua posição no calendário passou a ser pressionada desde que a Liberty Media assumiu o esporte, com o objetivo de levar a F1 a novos mercados ainda pouco explorados.

Wolff espera que seja fechado um acordo para a manutenção da prova, mas admitiu que a mudança no traçado pode ser apenas "pensamento positivo", reconhecendo que há poucas chances de ultrapassagem na pista sem recorrer a medidas drásticas.

"Acho que há um debate comercial a ser feito, mas ambas as partes encontrarão um meio termo, porque precisamos de Mônaco e Mônaco precisa da F1. Com esse layout, talvez seja pensamento positivo. Não sei onde mais poderíamos correr, e o túnel já é rápido, mas não sei o que pode ser feito".

"Talvez podemos nos livrar da chicane após o túnel, criando uma longa reta. E talvez a Tabac, não sei... a Tabac seria muito rápida. Talvez adicionar alguma frenagem lá, mas eu não sou designer".

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