Por que a Force India tem o melhor custo-benefício da F1?
A Force India conseguiu a sua melhor posição no Mundial de Construtores neste ano. Darshan Chokhani analisa como ela é potencialmente a equipe com melhor custo-benefício da Fórmula 1
![Sergio Perez, Sahara Force India F1 VJM08 leads team mate Nico Hulkenberg, Sahara Force India F1 VJM08](https://cdn-7.motorsport.com/static/img/amp/600000/660000/663000/663000/663080/s6_842360/f1-united-states-gp-2015-sergio-perez-sahara-force-india-f1-vjm08-leads-team-mate-nico-hul.jpg)
![Sergio Perez, Sahara Force India F1 celebra sua terceira posição com a equipe](https://cdn-4.motorsport.com/static/img/mgl/1600000/1680000/1682000/1682300/1682331/s300/f1-bahrain-gp-2014-sergio-perez-sahara-force-india-f1-celebrates-his-third-position-with-t.jpg)
![Sergio Perez, Sahara Force India e Nico Hulkenberg, Sahara Force India 06](https://cdn-9.motorsport.com/static/img/mgl/1600000/1680000/1682000/1682400/1682441/s300/f1-bahrain-gp-2014-sergio-perez-sahara-force-india-and-nico-hulkenberg-sahara-force-india.jpg)
![Force India F1 Team comemora terceira coolocação de Sergio Perez, Sahara Force India F1](https://cdn-4.motorsport.com/static/img/mgl/5100000/5100000/5101000/5101000/5101047/s300/f1-russian-gp-2015-the-sahara-force-india-f1-team-celebrate-third-position-for-sergio-pere.jpg)
![Nico Hulkenberg, Sahara Force India F1 e Sergio Perez, Sahara Force India F1](https://cdn-4.motorsport.com/static/img/mgl/5900000/5980000/5984000/5984100/5984144/s300/f1-mexican-gp-2015-nico-hulkenberg-sahara-force-india-f1-and-sergio-perez-sahara-force-ind.jpg)
![Robert Fernley, Sahara Force India F1 Team](https://cdn-2.motorsport.com/static/img/mgl/6000000/6030000/6033000/6033600/6033672/s300/f1-brazilian-gp-2015-robert-fernley-sahara-force-india-f1-team-deputy-team-principal.jpg)
![Nico Hulkenberg, Sahara Force India F1 VJM08](https://cdn-1.motorsport.com/static/img/mgl/6000000/6040000/6040000/6040800/6040840/s300/f1-brazilian-gp-2015-nico-hulkenberg-sahara-force-india-f1-vjm08.jpg)
![(L to R): Andrew Green, Sahara Force India F1 Team Technical Director with Andy Stevenson, Sahara Force India F1 Team Manager](https://cdn-5.motorsport.com/static/img/mgl/6000000/6080000/6084000/6084100/6084185/s300/f1-abu-dhabi-gp-2015-l-to-r-andrew-green-sahara-force-india-f1-team-technical-director-wit.jpg)
Oito anos atrás, o magnata indiano Dr. Vijay Mallya queria colocar o nome de seu país no mapa do automobilismo - algo que ele alcançou, liderando a compra da equipe Spyker no final de 2007.
A Índia poderia, assim, se orgulhar de ter sua própria equipe no auge do automobilismo, com Mallya rebatizando sua nova aquisição de "Force India" e definindo o objetivo de desenvolver talentos locais.
Depois de um ano de aprendizagem, em 2008, a equipe teve o seu primeiro verdadeiro gostinho de sucesso em 2009, com a famosa pole e pódio de Giancarlo Fisichella no Grande Prêmio da Bélgica. O segundo lugar do veterano italiano continua a ser o melhor resultado da equipe depois de 150 corridas.
A tendência ascendente continuou nas temporadas seguintes, com a Force India progredindo de sétimo para quinto lugar no Mundial de Construtores entre 2010 e 2015.
Apesar de 2014 continuar como ano de melhor pontuação da equipe com 155, foi neste ano que a operação de Mallya finalmente conseguiu entrar no top cinco dos construtores, até mesmo desafiando a Red Bull no final da temporada depois da chegada do 'B-spec'.
Ir do 10º para o quinto lugar em oito anos pode parecer muito tempo para alguns, mas enquanto Williams, Lotus e até mesmo McLaren sofreram variações severas, a Force India mostrou consistência notável.
Além disso, bater equipes como Williams e McLaren com um orçamento operacional anual de cerca de 85 milhões de libras não é tarefa fácil, especialmente pela Force India não ter o luxo de receber pagamentos "históricos" da FOM como alguns de seus rivais mais próximos.
Financeiramente, a equipe nunca foi uma das mais seguras, mas nunca permitiu que isso significasse uma queda significativa do desempenho em todos estes anos, mostrando que o que importa é investimento inteligente em vez do tamanho da carteira da equipe.
Na verdade, a equipe tem elementos para ser apontada como a de melhor custo-benefício na Fórmula 1 de hoje. Mas como eles conseguiram alcançar este objetivo?
Os primeiros alicerces foram lançados em 2009, quando a Force India trocou a Ferrari pela Mercedes, iniciando uma parceria de longo prazo com o fabricante alemão que teve grandes dividendos desde a aprovação da fórmula híbrida do V6 turbo em 2014.
Outro aspecto importante foi a seleção de pilotos. A equipe tem sido capaz de contar com alguns consistentes competidores através de sua história, incluindo Fisichella, Adrian Sutil e Paul di Resta, todos conseguindo extrair o máximo da máquina à sua disposição.
A atual dupla da Force India, com Sergio Perez e Nico Hulkenberg, é sem dúvida uma das mais fortes no grid, o veterano dando à equipe o segundo e terceiro pódios, provando ser muito sólido sem atingir os picos de seu mais novo companheiro de equipe.
A filosofia de evitar a tentação de contratar um piloto por sua capacidade de patrocínio para reforçar o balanço patrimonial trouxe benefícios à equipe, ajudando a atrair uma lista saudável de patrocinadores comerciais.
No início deste ano, a equipe também tomou a difícil decisão de trocar o túnel de vento, decidindo que tinha conseguido tudo o que podia com seu próprio desenvolvimento.
Isso teve resultados imediatos quando a equipe teve o seu carro "B-spec" correndo a partir da metade da temporada, permitindo-lhe assegurar a sua melhor posição no Mundial de Construtores e passar a ser uma presença regular no top 10.
O que também ajuda na boa forma da equipe é a longevidade de funcionários-chave dentro da equipe, como o diretor técnico Andrew Green, o diretor esportivo Andy Stevenson, o diretor-adjunto de equipe Robert Fernley e Otmar Szafnauer, com todos em seus cargos no tempo suficiente para que a equipe tenha sido capaz de desenvolver e amadurecer de uma forma constante.
Enquanto existem muitas razões para a Force India comemorar seu sucesso, há pouco tempo para curtir a na glória na F1.
Mas com os regulamentos técnicos permanecendo relativamente estáveis em 2016, e com o impulso financeiro provocado pela sua melhor posição e a chegada de novos patrocinadores - e até uma potencial aliança com a Aston Martin - a equipe poderia começar a ameaçar a Williams e a Red Bull e representar um desafio para o terceiro lugar no Mundial de Construtores.
E se o fizerem, terá a satisfação adicional de ter gasto muito menos dinheiro do que o pessoal de Grove e Milton Keynes.
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