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Raikkonen: "Seria uma pena" se o GP do Brasil fosse para o Rio

Campeão mundial da Fórmula 1 em 2007, piloto finlandês da Alfa Romeo defende permanência do evento em Interlagos

Kimi Raikkonen, Alfa Romeo Racing

Kimi Raikkonen é contra mudar o GP do Brasil de Fórmula 1 para o Rio de Janeiro. Questionado pelo Motorsport.com sobre a possibilidade de a etapa brasileira sair de São Paulo, o piloto da Alfa Romeo disse: "Seria uma pena para o esporte, porque há muita história aqui em Interlagos".

"Acho que este é um ótimo lugar, sempre tivemos corridas emocionantes aqui, mas não está nas mãos dos pilotos. Há certas pessoas que decidirão e tudo depende de coisas comerciais e aspectos assim", lamentou o finlandês, que conquistou seu único título na F1 no circuito paulista.

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Raikkonen também falou sobre Interlagos: "É uma pista difícil. Parece fácil 'no papel', porque não há muitas curvas, mas não é fácil acertar a configuração aqui. O clima muda muito rapidamente aqui, então sempre há a chance de chover".

O 'Homem de Gelo' também foi questionado sobre a cidade de São Paulo e sua vida noturna. "Acho que estive na noite aqui uma vez, em 2007", respondeu o bem-humorado piloto, mencionando a festa pelo título daquela temporada, pela Ferrari.

"Mas não conheço a cidade. Estive em alguns eventos promocionais, mas sempre fico perto do circuito. Então, sinceramente, não conheço muito a cidade", completou Raikkonen, que fez 40 anos em 2019. Na galeria abaixo, o Motorsport.com relembra 40 'mitadas' do carismático piloto. Veja:

Também conhecido pela fama de beberrão, Raikkonen protagonizou uma cena 'lamentável' quando, completamente embriagado, caiu de cabeça pra baixo num barco.
Raikkonen estreou na F1 em 2001, pela Sauber. O então menino só tinha 23 corridas no 'cartel', o que gerou críticas de muitos pela inexperiência do piloto. Entretanto, Kimi chegou chegando na Austrália.  O finlandês saiu na 13ª posição no grid e fez uma corrida conservadora, mas muito consistente, para terminar na sexta colocação, marcando um ponto em sua primeira prova (na época, apenas os seis primeiros pontuavam). Botou moral!
2001 também teve uma das maiores
Daí em diante, Raikkonen se afirmou na categoria e foi para a McLaren. No GP da Malásia de 2003, veio a primeira vitória e a consagração. Raikkonen largou na sétima posição e fechou a primeira volta em quarto. Dois giros depois, já era o segundo, e na 14ª volta, deixou Alonso para trás e tomou a ponta da corrida. O finlandês controlou bem a corrida e partiu para sua primeira vitória.
Em 2005, Kimi fez uma de suas maiores mitadas. Depois de largar em 17º no GP do Japão, o finlandês passou todo mundo para vencer em Suzuka. Grande atuação! E olha a alegria dele.
No ano seguinte, outro grande momento do Homem de Gelo. Sua McLaren quebrou (para variar) nas proximidades do túnel de Mônaco. Qualquer piloto voltaria para o paddock, mas ele foi direto para o iate tomar umas com os amigos.
O finlandês é uma lenda muito pelas emblemáticas entrevistas. Na mais marcante, foi questionado por Martin Brundle:
A sequência não pára. Nos Estados Unidos, também em 2006, outro exemplo de simpatia.  Repórter:
Em 2007, depois de muito bater na trave com a pouco confiável McLaren, Raikkonen foi para a Ferrari e conquistou seu título meio que 'do nada'. Correndo por fora da briga entre Hamilton e Alonso, o Homem de Gelo superou a dupla de sua ex-equipe e foi campeão no GP do Brasil. Champanhe!
A equipe é sempre uma vítima frequente de Kimi pelo rádio. No GP da Malásia de 2009, o finlandês voltou a mostrar como é caloroso: “Não fale comigo no meio de uma curva!”
Na mesma etapa, Raikkonen protagonizou outra cena memorável. Uma chuva torrencial interrompeu a prova, que se tornou a quinta na história da F1 a ter sua pontuação reduzida pela metade, visto que não foi disputada em pelo menos 75% - os pilotos só fecharam 31 das 56 voltas previstas. Enquanto todos os competidores aguardavam no cockpit, as imagens oficiais mostraram o finlandês tomando um picolé nos boxes da Ferrari.
Naquele ano, Raikkonen se encheu da F1 e largou a categoria. Foi para o Campeonato Mundial de Rali, como quem não se importa com nada. Típico do finlandês. Afinal, ele gosta de diversão.
No período fora da F1, Raikkonen também se aventurou na NASCAR, explorando o automobilismo norte-americano.
Raikkonen saiu, mas voltou à F1 em 2012. E em grande estilo: fazendo jus ao seu apreço pelos primórdios da categoria, assinou com a Lotus, que estava de volta ao grid do campeonato.
Na primeira corrida em seu retorno, o Homem de Gelo já 'aprontou'. Em Melbourne, perguntou ao seu engenheiro via rádio:
O fim de semana na Austrália foi pródigo em pérolas de Raikkonen.
Kimi sempre disse que não tinha ídolos na categoria. Na mesma entrevista em Melbourne, ele afirmou que o cenário continuava o mesmo.
No começo de 2012, Raikkonen participou do programa Top Gear, na BBC e, questionado se havia mudado a preparação para voltar à F1, minimizou:
Na mesma entrevista, Raikkonen falou sobre o prazer em pilotar motos na neve. Mas será que o contrato dele com a Ferrari permitia a diversão na neve?
Em outra entrevista antes da volta à F1, o finlandês negou que estivesse desmotivado em seu último ano de Ferrari:
Em coletiva antes da etapa da Malásia de 2012, outra boa. Repórter:
No GP de Mônaco de 2012, Raikkonen homenageou James Hunt na pintura de seu capacete.
Em 2012, questionado sobre um erro, Raikkonen brilhou. Repórter:
No fim de sua primeira temporada após a volta à F1, na última etapa, Raikkonen venceu de forma triunfal em Abu Dhabi. Note a cerveja na comemoração.
Foi nesta corrida que ocorreu uma mítica comunicação no rádio. O engenheiro pediu reiteradamente para Kimi manter os pneus aquecidos durante safety car. Eis a resposta: “Sim, sim, sim, eu faço isso o tempo todo, eu sei o que estou fazendo, não precisa me lembrar disso o tempo todo.”
Foi também em Abu Dhabi-2012 que Raikkonen soltou outra pérola ao ser informado da diferença para Alonso: “Me deixe em paz, eu sei o que estou fazendo!”.
No pódio, mais simpatia durante a entrevista. Repórter:
O GP do Brasil de 2012 também teve um dos erros clássicos de Raikkonen. Ele escapou antes da curva que antecede a reta principal e tentou voltar ao traçado por pistas auxiliares, mas errou o caminho e perdeu um tempão...
Na abertura da temporada 2013, Raikkonen voltou a vencer, para delírio dos fãs.
O ano de 2013 foi o último de Kimi na Lotus. Ele voltaria à Ferrari no ano seguinte. Questionado sobre a decisão, o finlandês deu uma bela patada. Repórter:
No GP da Índia, outra pérola no rádio: “Não grita, filho da p***!”
Em Mônaco-2013, comentário elogioso quanto à aproximação de Sergio Pérez:
Em 2014, voltou à Ferrari. Entretanto, nunca se importou em aprender a falar italiano porque
Em sua segunda passagem pela Ferrari, Kimi protagonizou várias pérolas, desde rádios até 'atropelamento'. Isso mesmo: certa vez, fugindo do assédio dos fãs no paddock, acabou atropelando uma criança. E obviamente não parou para dar autógrafo.
Mas Kimi também tem o coração grande. Depois de abandonar no GP da Espanha de 2017, um menino fã do finlandês caiu em prantos e foi flagrado pela transmissão. Após a prova, Raikkonen fez questão de receber o garoto no box da Ferrari.
A aversão à imprensa nunca foi segredo. Uma vez, ao lado de Vettel, admitiu que já fingiu estar doente para não ir a uma coletiva.
Também em 2017, antes do GP do Azerbaijão, Kimi deu uma bronca daquelas. Sem as luvas e o volante enquanto seu carro era preparado para sair do pitlane, o finlandês gritou para os mecânicos entregarem as ferramentas de trabalho.
No GP da Itália de 2018, Raikkonen chegou em segundo e subiu no pódio pela centésima vez na F1.
Também em 2018, nos Estados Unidos, conquistou sua 21ª e última vitória na F1.
Porre na festa de gala da FIA: após a temporada 2018, na festa de premiação da temporada, o 'Homem de Gelo' deu show ao fazer poucas e boas claramente bêbado
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Carlos Costa
Fórmula 1
Kimi Raikkonen
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