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"Sucesso do Magnussen é bom para o Felipe", afirma tio e empresário de Nasr

Amir Nasr lembra de título do sobrinho na F3, correndo contra o dinamarquês: "Há uma referência"

Além de usar seu desempenho nos cinco treinos livres que fará pela Williams e seus resultados na GP2, Felipe Nasr pode contar com mais uma carta na manga em busca de uma vaga na F1 em 2015. O brasileiro pode embarcar em um eventual sucesso do dinamarquês Kevin Magnussen, que estréia neste ano e causou boa impressão na pré-temporada. Pelo menos essa é a visão do tio e empresário de Felipe, Amir Nasr.

“O sucesso do Magnussen é bom para o Felipe, por haver uma referência”, considera Amir, lembrando que os dois competiram juntos na Fórmula 3 britânica em 2011 e o brasileiro ficou com o título. “No mínimo eles tiveram um ano de igual para igual (ambos eram da Carlin) e todos que viram o campeonato dos dois, sabem do que o Felipe é capaz”, argumentou em entrevista à Rádio Jovem Pan.

De acordo com o Amir, Magnussen é um piloto de muito talento, mas que também pode contar com uma grande estrutura durante toda a sua formação. “O Magnussen sempre esteve à frente do Felipe em relação à quilometragem e ao trabalho técnico, pois a relação dele com a McLaren começou no Kart. Então, envolve trabalho com engenheiros, gente experiente e até a parte psicológica. E, pra mim, esse talvez seja o ponto vulnerável dele. Ele é muito veloz, muito dedicado, focado, determinado. Mas, durante a época da F3, em toda a corrida tinha dois engenheiros da McLaren observando. Havia uma pressão muito forte da equipe para que ele se saísse bem e o Felipe conseguiu se dar bem em cima dele”, contou Amir.

A grande estrutura desde a base, aliás, é uma considerável vantagem que os jovens europeus tem sobre os brasileiros. Por isso é difícil saber qual é o melhor deles. “É difícil, porque os pilotos europeus têm uma preparação excepcional e começa já no kart. È impressionante o nível de preparação desses pilotos. E muitas vezes é fácil confundir quem é o mais talentoso e quem é o mais bem preparado em certo momento. É difícil apontar um. O Bottas (Valtteri Bottas) é outro piloto de um talento excepcional, que há muito tempo vem sendo trabalhado e com potencial para ser campeão mundial. E ninguém se iluda: ele teve que levar patrocínio pra Williams e continua levando. Todos têm apoio em seus países. E disso não podemos reclamar, pois o Brasil também apoia bastante. Felipe hoje representa uma nação. Um país que adora F1 e que está aguardando a nova geração”.

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