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Todt diz que F1 não será elétrica por décadas: "Híbridos são escolha certa"

Para presidente da FIA e especialista, solução para manter velocidade e atingir metas de sustentabilidade está nos biocombustíveis

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15 leads Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10 and Sebastian Vettel, Ferrari SF90 at the start of the race

Foto de: Zak Mauger / Motorsport Images

O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Jean Todt, afirmou que a Fórmula 1 não será elétrica por décadas. Mandatário duvida que tecnologia permita carros tão velozes quanto os F1 atuais e indica uso de biocombustíveis como solução sustentável.

Enquanto a Fórmula E está crescendo e atraindo o interesse de fãs e fabricantes, Todt manteve-se cético quanto à tecnologia a bateria ser capaz de atender às demandas de velocidade e distância da F1 por muitos anos.

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Em vez disso, Todt vê o foco da F1 no uso de motores híbridos - que não apenas reutilizam a energia desperdiçada, mas também podem ser mais ecológicos através do aumento do uso de combustíveis bio-sustentáveis.

"No momento, só podemos considerar a F1 com motores híbridos", disse Todt. "Não se pode imaginar que a FE substitua os 300 Km de autonomia da Fórmula 1. Atualmente, não há um carro de corrida [elétrico] capaz de chegar aos mais de 300 Km/h da categoria".

"Passarão décadas antes que isso aconteça, se acontecer. Hoje, os híbrido são a escolha certa, o próximo passo é ver como podemos garantir o uso de combustíveis mais ecológicos".

Biocombustíveis são melhor solução

A visão de Todt é apoiada pelo chefe de motores da Mercedes na F1, Andy Cowell, que considera que o esporte pode obter grandes ganhos no desenvolvimento de tecnologia bio-sustentável no futuro.

Falando ao Motorsport.com sobre as previsões de Todt de que a F1 não será elétrica por décadas, Cowell disse: "Tudo depende da tecnologia de armazenamento. Se forem baterias de íons de lítio, então a previsão está correta".

"Se optarmos por uma solução a hidrogênio, pode ser feito hoje, mas os carros seriam muito mais pesados ​​e mais volumosos do que atualmente. Nesse ponto, acho que perderíamos o aspecto da F1. Então, acho que é por isso que os passos que estaremos dando 2021 são importantes, quando estaremos introduzindo 10% de combustível bio-sustentável".

"Se pudermos, com a próxima geração de unidades de potência, desenvolver um motor com combustível 100% sustentável, haverá uma enorme quantidade de dióxido de carbono que poderíamos converter em combustível líquido à base de hidrocarboneto".

"Então vamos deixar de usar todo o carbono capturado na terra, na forma de gás e petróleo, e assim por diante. Vamos deixar isso para trás. O planeta fez um ótimo trabalho ao capturar isso, então vamos capturar um pouco do céu em vez de extraí-lo da terra".

"Vamos criar combustíveis líquidos e um motor com eficiência térmica de 60%; nesse ponto, não se tratará de jogar fora a combustão interna. Será sobre adaptar o que temos e sobre as empresas petroquímicas se adaptarem à captura de carbono e assim por diante. Acho que esse é um futuro para possível em 10 a 20 anos".

Setor automotivo se beneficiaria de F1 híbrida

O CEO da F1, Chase Carey, acredita que o esporte pode atuar como uma referência para os benefícios da tecnologia híbrida, já que os fabricantes de carros de rua avaliam o que os consumidores vão querer no futuro.

"Acho que é uma questão ofensiva, não defensiva", afirmou. "A eletricidade será parte da solução. Mas você sabe, eles têm seus próprios problemas, seja econômico ou de baterias. Acho que há muitos problemas em torno disso".

"Acho que o motor híbrido pode ser, de muitas maneiras, um dos componentes mais importantes, senão o mais importante, para lidarmos com mais de um bilhão de carros hoje em dia com motores de combustão. E podemos, a partir de iniciativas como combustíveis, tecnologia de combustíveis e recuperação de energia, continuar a criar esse espaço".

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Novas regras de 2021 impactam no design dos carros

Além da questão de sustentabilidade, a categoria máxima do automobilismo terá mudanças nos regulamentos técnicos, o que impacta na aerodinâmica - e no design - dos carros. Estes ficarão mais simples e terão o retorno do efeito solo, que 'gruda' o monoposto ao chão e facilita as ultrapassagens. Tendo isso em vista, a própria F1, além de McLaren, Williams e Renault, lançaram esboços das versões de suas máquinas para 2021. Confira na galeria abaixo:

McLaren 2021 F1
McLaren 2021 F1
McLaren 2021 F1
McLaren 2021 F1
Williams 2021
Williams 2021
Williams 2021
Renault 2021
Renault 2021
Renault 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
F1 2021
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Futuro em foco:

Com o fim da temporada da Fórmula 1, fizemos um balanço do ano que está se encerrando e traçamos um panorama sobre o que está por vir em 2020 e 2021. Confira esse e outros assuntos no episódio dessa semana do podcast do Motorsport.com:

 

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