Webber e Alonso explicam tática diferente: "Valia a pena tentar"
Quarto no grid, australiano reconhece que aposta saiu melhor que esperado, enquanto espanhol quer escapar do tráfego
Longe do companheiro Sebastian Vettel durante todo o final de semana, Mark Webber optou por uma rota diferente e vai largar com os pneus médios, a exemplo de Fernando Alonso e das duas McLaren. A aposta do quarteto é estender ao máximo a primeira parada e ganhar tempo sobre os demais, que terão dificuldades com os pneus macios, menos resistentes, no início da prova.
Piloto mais bem colocado entre os que escolheram essa abordagem distinta, Webber, que larga em quarto, reconheceu que se sente no lucro.
“Achei que valia a pena tentar algo um pouco diferente”, disse Webber ao TotalRace. “Provavelmente pensamos que não estaríamos na segunda fila – achávamos que estaríamos mais atrás – mas no final acabou sendo uma ótima sessão para nós. Não foi fácil lidar com os pneus médios. Acho que não poderíamos ter feito muito mais na classificação.”
O australiano espera que a tática funcione, ainda que tenha de usar, por regulamento, o pneu macio em algum momento na corrida. Contudo, sua aposta é utilizá-lo quando o carro estiver mais leve, no final da prova, para minimizar o desgaste.
“Agora precisamos capitalizar nessa tática diferente porque sabemos que o pneu macio não é exatamente a melhor coisa do mundo. Claro que vou ter que usá-lo em algum momento da corrida, então o início vai parecer bom e, depois, veremos.”
Para Alonso, que larga em oitavo, a tática de largar com os médios não foi uma decisão fácil, pois o espanhol tentou algo semelhante no GP da Alemanha e acabou travado pelo tráfego, não conseguindo se aproveitar da estratégia. Porém, como Felipe Massa optou por largar com os macios, a decisão da Ferrari visou atacar os rivais de todos os lados.
“Veremos amanhã qual é a estratégia acertada. Lembramos de Nurburgring, quando decidimos largar com os pneus mais duros e acabou não dando muito certo, e aqui, quando novamente não tínhamos certeza, decidimos colocar duros em um carro e macios em outro para obter o máximo para a Ferrari, o que é o fundamental.”
O espanhol não esconde que, assim como na Alemanha, existe a possibilidade da tática não funcionar.
“Na sexta-feira, demos 15 voltas com o pneu macio, mas em um ritmo bem lento. No sábado pela manhã, conseguimos só três. Nenhum jogo é igual ao outro, então quem tiver sorte de pegar um jogo bom parará depois. O importante é ter um bom ritmo de corrida. Independentemente da estratégia, o resultado depende do quão rápido o carro será. Outro ponto importante é o tráfego, que tem de ser evitado. Precisamos andar com 2s de respiro para quem vai à frente e tentar atrasar o máximo a primeira parada.”
Único que pode impedir o tetracampeonato de Vettel, Alonso acha bastante improvável que o alemão não consiga a vantagem suficiente para cravar o título com três provas para o final.
“São duas coisas difíceis de acontecer: Vettel não chegar entre os cinco e eu chegar em primeiro ou segundo. O normal é que o título seja decidido. Da nossa parte, o objetivo é dar o máximo para a equipe. Temos de marcar mais pontos que a Mercedes.”
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