Alonso e rivais revelam estratégias para vencer Indy500

Pilotos que partem atrás no grid apontam diversas dificuldades e possíveis alternativas

Fernando Alonso, Arrow McLaren SP Chevrolet

Fernando Alonso, Arrow McLaren SP Chevrolet

Barry Cantrell / Motorsport Images

A classificação para o grid de largada da 104ª Indy500 ficou marcada pela presença de grandes nomes na parte de trás do pelotão. Will Power, Simon Pagenaud, Helio Castroneves e Fernando Alonso partirão todos das últimas filas. Nesse cenário, a estratégia de corrida ganhou um incremento de importância e por isso, mesmo quem larga mais à frente espera uma corrida difícil, como disse Alexander Rossi: "será uma corrida de posição na pista". 

Os pilotos que largam nas primeiras posições, como o pole Marco Andretti ou Scott Dixon e Takuma Sato, que estão na primeira fila, terão a oportunidade de correr de cara para o vento logo no início e isso diminui o efeito da turbulência aerodinâmica, situação oposta a de Alonso e demais pilotos que partem mais atrás.

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O espanhol, que largará em 26º com a McLaren, disse: “Ninguém está livre dos problemas de tráfego. Temos trabalhado muito desde o primeiro dia, tentando nos colocar nas piores posições possíveis e tentando contornar isso com o carro. Parece que a velocidade do carro está lá e podemos avançar na corrida, mas para ganhar as 500 milhas você precisa de tudo certo".

“[Em relação à estratégia] acho que veremos como a corrida se desenrola e quais são as possibilidades. Tendo três carros na equipe, é provável que o time possa otimizar todos os três carros e talvez usar estratégias diferentes e um dos três, se tiver sorte o suficiente pode vencer no final”.

Mudar a estratégia em condições de bandeira verde - por exemplo, parando nos boxes na volta 15 - não é a opção mais inteligente, diz Alonso.

“Na Indy, se você parar fora da programação [sob bandeira verde] antes do tempo do pitstop, você perde exatamente uma volta, então se você parar cedo para ficar fora do trânsito, não ajuda porque você sai quase exatamente no mesmo lugar onde estava."

Os vencedores mais recentes da Penske na Indy 500, Will Power (2018) e Simon Pagenaud (2019), começarão em 22º e 25º, respectivamente, com o veterano brasileiro e três vezes vencedor da Indy, Helio Castroneves, em 28º.

Dividir as "estratégias" iria, teoricamente, permitiria à Penske cobrir mais possibilidades e manter Josef Newgarden (que parte em 13º) na mesma estratégia do líder. Mas tanto Power quanto Pagenaud dão a impressão de que estão mais dispostos a reabastecer em cada relargada (apostando em bandeiras amarelas) e lutar para ficarem próximos ao pelotão da frente.

Will Power, vencedor da Indy500 2018

Will Power, vencedor da Indy500 2018

Photo by: Phillip Abbott / Motorsport Images

“Quanto mais relargadas houver, mais chance você terá de avançar no pelotão”, disse Power. “Ainda é preciso haver muita estratégia envolvida, mas vamos aceitar o que vier.

“Passei [o treino] bem atrás do grupo da frente só para experimentar como será no início da corrida. Obviamente, é difícil correr próximo de alguém quando você está tão longe porque o ar é muito turbulento. Mas o carro parece equilibrado, é muito bom".

“Quando saí no primeiro dia de treino, disse ao meu engenheiro [Dave Faustino] que é o melhor carro que já tive em Indianápolis. Mas parece que todo mundo tem um carro muito bom e confortável. Acho que é porque o peso aumentou e isso simplesmente tornou o carro mais fácil de pilotar. Vai ser um dia difícil, mas vamos apenas tentar lidar com o tráfego e ver onde vamos parar”.

Simon Pagenaud, vencedor em 2019

Simon Pagenaud, vencedor em 2019

Photo by: Michael L. Levitt / Motorsport Images

Pagenaud disse esperar por uma corrida difícil: “Certamente é muito difícil quando você está com 20 carros em volta. Você pode realmente sentir a turbulência no ar. Vai ser uma corrida muito diferente da que tive no ano passado [quando largou da pole]. Mas se eu puder conseguir escalar o pelotão, serão dois anos completamente diferentes e maneiras diferentes de demonstrar minhas habilidades”.

"Tudo se resume a encontrar o equilíbrio no carro para a corrida inteira. O vento pode mudar e, quando mudar, você pode se air bem na Curva 2 e ruim na Curva 4. O os carros estão muito sensíveis este ano, muito mais do que no ano passado. Então, o equilíbrio vai ser tudo", afirmou Pagenaud.

“Gerar downforce também será importante, sem dúvida. Teremos que correr perto de outros carros e precisamos de downforce. Então, a questão será quanto. Para mim, será uma questão de equilíbrio. Teremos que ser agressivos desde o início para ultrapassar as pessoas para conseguir ar limpo”, finalizou.

Rossi venceu a Indy500 em 2016

Rossi venceu a Indy500 em 2016

Photo by: Scott R LePage / Motorsport Images

O vencedor da edição de 2016, Alexander Rossi da Andretti, não teve grandes dificuldades para se classificar em nono, mas relembrou a prova de 2018, quando largou da última fila.

“Se você olhar para aquela corrida [de 2018], comecei em 32º, mas na primeira metade não fiz muito progresso”, disse ele. “Eu provavelmente só consegui chegar ao 23º lugar ou algo assim, e os reinícios eram de onde vinham a maioria das posições. Acho que este ano será parecido".

“Todos estão bem cientes da importância das posições na pista, então as todos serão agressivos nas relargadas porque é quando o caminho na Curva 1 realmente se abre; sua velocidade de aproximação é muito mais lenta porque você está saindo da Curva 4 devagar. Mas acho que todos estão cientes desse truque agora, o que significa que temos que encontrar ar limpo em outro lugar”.

Questionado se consideraria mudar de estratégia se o plano não funcionar, Rossi respondeu:

"Sim, acho que sim", respondeu ele. “Acho que você verá caras fazem um undercut bem grande no início e lidam com as consequências mais tarde, porque será uma corrida de posição na pista. Tenho certeza que a primeira parte da corrida será bastante normal para todos, mas então começaremos a ver algumas estratégias ousadas surgindo entre segundo e o quarto stints”

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