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Ciabatti: “se Stoner não correu na Áustria, não corre mais”

Paolo Ciabatti, diretor esportivo da Ducati, diz que a recusa de Casey Stoner em participar do GP da Áustria indica que ele não se interessa em participar de uma corrida de MotoGP novamente

Casey Stoner, Ducati Team
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Casey Stoner, que voltou a ser piloto de testes da Ducati no fim de 2015, tem sido alvo de especulações sobre um provável retorno às pistas como wildcard. Mais cedo neste ano, Stoner participou de dois dias de testes no Red Bull Ring ao lado de Andrea Dovizioso e Andrea Iannone, pouco antes do GP da Áustria.

A Ducati dominou as sessões, com Stoner terminando em terceiro. O time de Borgo Panigale ofereceu ao australiano a chance de disputar a prova austríaca como wildcard, mas o piloto recusou.

Paolo Ciabatti, diretor esportivo da Ducati, negou que o convite a Stoner tenha sido feito apenas por publicidade e crê que a recusa do australiano indica que ele não deve correr na MotoGP novamente.

"Nunca houve uma estratégia de marketing por trás disso. Nas negociações com Casey, o contrato estipulava a participação em três testes, não a possibilidade de participar de uma corrida", disse o dirigente ao Motorsport.com.

"O que aconteceu foi que, quando vimos ele na moto e percebemos o quanto ele foi veloz, imaginamos que seria como um sonho para ele voltar a disputar uma corrida. No fim, se Stoner não correu na Áustria, não corre mais", afirmou.

Quando Iannone sofreu a contusão na terceira vértebra torácica em Misano, o nome de Stoner voltou à tona para uma possível participação - especialmente em Phillip Island, na terra natal do piloto. A Ducati confirmou que um convite foi feito, mas o australiano não correu - Héctor Barberá pilotou a moto no GP da Austrália.

Papel como embaixador

Surgiram, então, algumas dúvidas sobre o papel exato de Stoner dentro da Ducati. Questionado pelo Motorsport.com há algumas semanas, Dovizioso reconheceu o impacto positivo do australiano dentro da equipe, mas ressaltou que a participação do bicampeão da MotoGP é limitada.

“Digamos que ele não é um piloto de testes comum, como (Michele) Pirro, que se envolve completamente com o desenvolvimento da moto. Casey fez alguns testes e deu opiniões, mas a influência dele não é tão grande, já que ele não está o tempo todo conosco", disse o italiano.

Ciabatti seguiu a linha de Dovizioso, dizendo: "Utilizamos ele como um embaixador, tê-lo conosco no 90° aniversário da marca foi muito importante. Além disso, ele nos ajudou no início da temporada em algumas decisões que precisávamos tomar em relação ao desenvolvimento da Desmosedici", afirmou.

“Daqui para a frente, ele é quem decide que papel quer exercer. Ele precisa decidir se prefere focar na vida dele na Austrália, pescando e cuidando da fazenda. Se decidir por isso, ele não será capaz de ampliar o comprometimento dele com a Ducati", completou.

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