Ducati não repetirá acordo “extraordinário” de Lorenzo
Presidente da montadora italiana descarta fechar grandes contratos com pilotos no futuro próximo
A Ducati descartou que irá oferecer a seus pilotos grandes contratos como o que ofereceu a Jorge Lorenzo para entrar na equipe em 2017.
Presidente da escuderia de Borgo Panigale, Claudio Domenicali deixou claro que não haverá repetição do acordo de 12 milhões de euros, destacando que a moto é muito mais competitiva atualmente do que era há dois anos.
"Nós fizemos um esforço extraordinário para conseguir Jorge, mas não devemos esquecer que ele veio com cinco títulos mundiais no bolso", disse Domenicali durante o lançamento da GP18 nesta segunda-feira (16). "Este foi um esforço extraordinário e único.”
"No futuro haverá mais equilíbrio para contratarmos pilotos. Podemos oferecer uma moto que se mostrou extremamente competitiva, porque Dovizioso andou muito bem.”
"Quando negociamos com os dois (Dovizioso e Lorenzo) no início de 2016, oferecíamos uma moto que não ganhava há cinco anos.”
"Desde então, ganhamos duas corridas em 2016 e depois seis em 2017, de modo que a competitividade da moto é diferente agora. Este será um fator importante para discutir as renovações de ambos os pilotos."
Perguntado se a Ducati está preparada para fazer sacrifícios para manter Dovizioso frente a um potencial interesse de equipes rivais, Domenicali respondeu: "Nós faremos todo o possível para manter Andrea conosco, porque acreditamos que seu potencial na nossa moto é muito alto”.
"Além disso, o Dovizioso que temos hoje não é o mesmo que há dois anos. Quando assinamos com Lorenzo, levamos em conta seus cinco títulos mundiais. Dovi ganhou seis corridas em 2017.”
"É claro que nosso objetivo é manter os dois pilotos. Mas, por outro lado, as condições mudaram consideravelmente e teremos que tentar encontrar um ponto de equilíbrio."
Negociações iniciarão antes do Catar
O diretor esportivo da Ducati, Paolo Ciabatti, disse que as discussões com ambos os pilotos para uma renovação começarão antes do início da temporada, no Catar em março.
"Precisamos começar a explorar a situação nas próximas semanas", disse ele. "Eu não acho que precisamos tomar uma decisão firme muito cedo, mas com certeza é bom ter uma imagem clara da situação.”
"Muito cedo significa provavelmente entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira metade de março. Depois daí, acho que devemos saber um pouco mais sobre qual a possibilidade clara para nós em 2019 e 2020.”
"Nós teremos já uma ideia clara da situação com Andrea e Jorge no início de março, e então, dependendo da situação, vamos avançar."
Reportagem adicional por Giacomo Rauli
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