Miller está "empolgado" por Ducati vê-lo como possível desafiante de Márquez
Em texto publicado em seu site, o novo piloto da equipe oficial da Ducati falou sobre a emoção e a responsabilidade de assumir o posto
Na quarta-feira, a Ducati confirmou que o australiano Jack Miller irá ganhar uma "promoção" para 2021 na MotoGP, passando da satélite Pramac para a equipe oficial da montadora, após conquistar cinco pódios em 2019. O piloto está muito feliz de assumir uma vaga em uma equipe de ponta, e mal pode esperar para iniciar a disputa com o hexacampeão Marc Márquez.
Ele é o primeiro piloto confirmado pela equipe oficial da montadora para o próximo ano, já que a negociação da Ducati com Andrea Dovizioso chegou a um impasse sobre questões financeiras, e o companheiro de Dovi, Danilo Petrucci, não deve ganhar uma renovação de contrato.
Miller disse que sentiu uma mudança de geração acontecendo nos últimos meses, desde que a Yamaha assinou com Maverick Viñales e Fabio Quartararo e a Suzuki apostando suas fichas em Álex Rins e Joan Mir - e ele está muito feliz que a Ducati demonstrou confiança em suas habilidades.
"Eu me lembro que no ano passado o mercado de pilotos da MotoGP estava perto de uma grande mudança a curto prazo, por causa do modo que Marc dominou o campeonato na maior parte do tempo que competiu", disse o australiano em um post em seu site oficial.
"Ele é apenas alguns anos mais velho que eu, mas, de primeira, seus principais rivais eram os caras mais velhos, como Valentino [Rossi], Jorge [Lorenzo] e Dani [Pedrosa]".
"Mas as coisas mudaram. A Yamaha tem Maverick, que tem a minha idade, a Suzuki tem Álex e Joan, e eu estava esperando que a Ducati me visse como o jovem piloto que poderia correr com eles por um tempo. Marc é o cara a ser batido, então o objetivo principal de todas as outras montadoras é chegar mais próximo dele".
"Estou empolgado que a Ducati me vê como o cara nessa faixa de idade para entrar na disputa entre nós e, com sorte, com Marc também nos próximos anos".
Miller trocou a Honda pela Ducati em 2018, correndo na Pramac em 2018 com a Desmosedici GP17, antes de trocar para a GP19 no ano passado.
O australiano disse que suas duas temporadas correndo pela equipe satélite permitiram a ele aprender "muito sobre mim como pessoa, piloto e sobre tudo relacionado ao esporte".
Ele acrescentou: "Eles me ajudaram a me tornar um piloto e pessoa mais completos, e eu amei o tempo que eles passaram investindo em mim, me tornou ainda mais faminto por uma melhora contínua e tirar o máximo do momento".
"Os caras da Pramac são muito próximos da equipe oficial e eu aprendi como que os pilotos oficiais devem ser, devem trabalhar".
"Isso teve um grande efeito no modo que eu abordo minha pilotagem, e há um jeito metódico de trabalhar que eu precisei aprender, mas é um que pode ter um impacto muito grande no modo que a equipe e a moto trabalham. Basicamente, mais responsabilidade. E eu realmente curti isso".
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