MotoGP: Marc Márquez confirma saída da Honda após 10 anos e ida para a Gresini Ducati em 2024

Com isso, espanhol voltará a fazer dupla com o irmão Álex, agora na Ducati

Marc Marquez, Repsol Honda Team

Foto de: Gold and Goose / Motorsport Images

Agora é oficial: Marc Márquez deixará de ser piloto da Honda na MotoGP após 10 anos de parceria. O espanhol confirmou nesta quarta-feira (04) a saída da equipe japonesa tendo com destino a Gresini, equipe satélite da Ducati, que corre com a moto Desmosedici do ano anterior, onde retomará a parceria com o irmão Álex Márquez.

Em acordo mútuo, Márquez e a Honda vão encerrar uma das alianças de maior sucesso da história da MotoGP, somando um total de seis títulos mundiais ao longo de 11 temporadas entre 2013 e 2023.

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O espanhol estreou na MotoGP em 2013 com a Honda conquistando o título logo de cara, somando as outras cinco conquistas nos seis anos seguintes. Seu último mundial veio de forma dominante, com 151 pontos de vantagem sobre o rival mais próximo.

Mas a trajetória de Márquez mudou drasticamente após o acidente sofrido na abertura da temporada 2020, quando uma fratura no braço exigiu quatro cirurgias do espanhol entre 2020 e 2022, com dois casos de diplopia (visão dupla) que o tiraram de diversas corridas nessa fase.

Tendo vencido três corridas em 2021, Márquez não ocupa a posição mais alta do pódio desde outubro daquele ano, com a competitividade da RC213V indo pelo ralo nas duas últimas temporadas.

Nas últimas semanas, Márquez tinha seu nome ligado à Gresini, que usa Ducatis do ano anterior, com a especulação se intensificando após uma recepção fria ao protótipo e 2024 da Honda no teste de Misano em setembro.

Com a manobra, que ainda precisa ser oficializada pela Gresini, Márquez competirá no próximo ano com a equipe de Faenza, tendo seu irmão ao lado na garagem. Os dois correram brevemente juntos em 2020, quando Álex foi da equipe oficial da Honda, mas o Márquez mais jovem foi para a LCR no ano seguinte antes de ir para a Gresini em 2023, tendo obtido um pódio na Argentina e a vitória na sprint de Silverstone.

Apesar da equipe italiana preferir um acordo plurianual, a aliança terá uma validade inicial de um ano, já que o piloto quer liberdade absoluta para considerar seu futuro em 2025. Até o momento, a estrutura de Nadia Padovani, viúva de Fausto Gresini, terá duas Ducati Desmosedici GP23 em 2024.

Porém, não surpreenderia ninguém se a Ducati mudasse o jogo, dando a Marc a versão mais recente da moto, a mesma usada pelos pilotos da equipe oficial, Francesco Bagnaia e Enea Bastianini, e a dupla da Pramac, Jorge Martín e Franco Morbidelli.

Segundo apurado pelo Motorsport.com, Márquez, de 31 anos, enfrentará esse novo desafio em sua carreira sem a parceria das pessoas que o acompanham desde seus dias na Moto2.

Marc Marquez, Repsol Honda Team

Marc Marquez, Repsol Honda Team

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

Apesar das tentativas de levar seus técnicos com ele, Márquez vai para a Gresini sozinho, após a Ducati mostrar relutância em 'revelar os segredos' da moto mais dominante do momento a engenheiros que, em 2025, podem assinar com qualquer montadora.

Apesar dos rumores que surgiram nas últimas semanas, com alguns indicando que a intenção de Márquez era de seguir na Honda, enquanto outros afirmavam que ele já havia fechado o contrato, ele hesitou até os últimos dias sobre qual seria o melhor caminho a ser seguido.

Na verdade, ambas as partes determinaram um prazo até a última terça-feira (03) para resolver a situação, que estava se tornando desconfortável para todos. Alberto Puig, chefe da HRC, trabalhou nas últimas semanas em um plano que tinha como único objetivo manter o espanhol na Honda.

Porém, a janela limitada de manobra que o executivo tinha (sem receber a liberação da Honda para iniciar as contratações até agosto) e a recusa de engenheiros europeus importantes tiveram um papel fundamental no fim dessa novela.

No GP do Japão, surgiu a informação de que a Honda havia demitido Shinichi Kokubu como chefe técnico geral. Porém, sua substituição por Shin Sato, outro nome da casa, não convenceu Márquez a seguir apostando naquela que era sua casa há dez anos, onde somou 59 vitórias, 101 pódios e 64 poles.

Imediatamente após o anúncio, Márquez agradeceu a equipe pela qual fez sua estreia e história na MotoGP.

"Obrigado por essa grande jornada de 11 anos juntos!", disse. "Compartilhamos momentos inesquecíveis juntos: seis títulos mundiais, cinco tríplices coroas [Mundiais de Pilotos, Equipes e Construtores], 59 vitórias, 101 pódios e 64 poles".

"Trabalho duro, determinação e a ligação que construímos ao longo dos anos. Risos, lágrimas, diversões, momentos difíceis mas, o mais importante: uma relação única e inigualável. Separados, mas sempre juntos".

 

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