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MotoGP não descarta realizar corridas com portões fechados

O CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta, admitiu que há a possibilidade de realizar corrida da MotoGP sem público, para minimizar impacto da epidemia do COVID-19

Jorge Lorenzo, Repsol Honda Team

No mundo do esporte a motor, a MotoGP é um dos campeonatos mais afetados pela epidemia global causada pelo coronavírus. A principal categoria do motociclismo mundial já teve que cancelar sua etapa no Catar e adiar a prova da Tailândia. E o GP das Américas passou a ser dúvida após o prefeito de Austin declarar a cidade sob estado de emergência, o que pode levar ao cancelamento da corrida.

Com o aumento da epidemia ao redor do mundo, as demais etapas estão ameaçadas. Falando em uma coletiva de imprensa antes do GP do Catar - que terá apenas a Moto2 e a Moto3 presentes - o CEO da Dorna Sports, Carmelo Ezpeleta afirmou que "tudo é possível" para que as provas sejam mantidas, tendo entre as opções corridas sem público.

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"O mais importante para nós é arrumarmos uma solução para tudo. Sempre dissemos que a Dorna trabalha em conjunto com a Federação (FIM) e a Associação de Equipes (IRTA). É uma obrigação nossa. O mais importante - mais que o lado econômico - é fazer as corridas e eu garanto a vocês que com a colaboração da IRTA, e os chefes da Moto2 e Moto3, vamos tentar fazer o máximo de provas possíveis".

"Agora, não vou dizer se estou otimista ou não, mas a única coisa que prometo a vocês é que vamos dar o nosso melhor para qualquer solução que possa fazer as demais corridas acontecerem. As 19 que faltam".

Ezpeleta revelou também que a Dorna tentou organizar um voo fretado da França para ter todos os pilotos italianos e equipe suficiente para viabilizar a corrida no Catar, e que estiveram perto de tudo dar certo, até a introdução de novas restrições pelo governo.

A Dorna divulgou na quinta o novo calendário da MotoGP que coloca Austin como a etapa inaugural da MotoGP e a Tailândia passando para 04 de outubro. Mas, no momento, não é possível determinar se a situação de Austin irá permitir a realização da prova ou não.

Ezpeleta confirmou que, devido à reformas na pista de Losail, não será possível recolocar o Catar no calendário para esse ano. Ele também confirmou que o número mínimo de corridas que a Dorna precisa fazer em uma temporada são 13.

GALERIA: O impacto do coronavírus no esporte a motor pelo mundo

Os preparativos antes da largada
O primeiro evento oficial a cair foi o ePrix de Sanya da Fórmula E. Originalmente marcado para 21 de março, ele foi adiado pela categoria, mas até o momento não foi anunciado uma nova data.
A F1 adiou o GP da China. No momento, então buscando uma data alternativa mais próximo do fim da temporada, mas o calendário já apertado torna essa uma busca difícil
A Ferrari precisou fechar seus museus em Modena e Maranello após pedido do governo da região
A DTM mudou a sede de sua pré-temporada. Ao invés de Monza, na Itália, as sessões serão realizadas em Hockenheim
O piloto da equipe ART na Fórmula 2, Christian Lundgaard, perderá a pré-temporada da categoria no Bahrein porque está em quarentena em um hotel na ilha espanhola de Tenerife após surgirem casos do coronavírus no local
Lundgaard não é o único piloto preso no hotel. O brasileiro Caio Collet e outros pilotos da Academia da Renault também estavam no local e se encontram retidos no hotel em Tenerife
O Salão do Automóvel de Genebra também foi cancelado devido ao coronavírus. Foi colocado a possibilidade de realizá-lo em setembro, mas nada foi confirmado até o momento
A maior parte dos envolvidos com o mundial de MotoGP que são de nacionalidade japonesa tiveram que ficar no Catar desde o fim do teste, para poderem estar presentes no primeiro GP do ano, que seria realizado em 08 de março
Mas a MotoGP acabou cancelando essa data, que seria a primeira do Mundial de 2020. O Catar adotou regras mais rígidas quanto a entrada e saída de cidadãos de países afetados e as equipes não tinham garantias de que poderiam disputar a prova
E, pela mesma razão, o GP da Tailândia foi oficialmente adiado. A pergunta que fica por enquanto é: qual seria a próxima vítima?
E a resposta não tardou a chegar: a Super Fórmula cancelou a rodada de abertura da temporada de 2020, que seria realizada em 05 de abril devido ao COVID-19
E a Fórmula E teve mais um impacto em seu calendário, com o adiamento do eP de Roma. A Itália é um dos países mais afetados pelo coronavírus e outras provas já foram canceladas no país como as 12 Horas de Monza, da 24h Series
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