Viñales: "Meu estilo e o de Márquez são diferentes"
Apesar de não ter sido capaz de lutar pelo título até o final, Maverick Viñales defende sua estratégia quando comparada com a de Marc Márquez, o campeão de 2017
Maverick Viñales tem demonstrado em muitas ocasiões a explosão que o caracteriza quando senta em uma moto. Fez isso na última pré-temporada e nas duas primeiras etapas do calendário, nas quais parecia que a nova aliança entre o espanhol e a Yamaha não teria adversário.
No entanto, o catalão não conseguiu manter essa consistência à medida que o campeonato avançava, a falta de tração da M1 em condições de pouca aderência tornou-se um problema para os técnicos e engenheiros da marca japonesa, que não conseguiram endireitar a situação apesar das diferentes mudanças de chassis e infinitas modificações aplicadas no protótipo.
Desde o momento em que Viñales subiu pela primeira vez na Yamaha, em novembro de 2016, a maioria dos fãs começou a fantasiar sobre os duelos que teoricamente teria o substituto de Jorge Lorenzo com Marc Márquez.
No entanto, essa batalha acirrada não aconteceu em nenhum momento no campeonato passado, e o motociclismo espera que a disputa aconteça em 2018.
Independentemente da rivalidade que ambos mantiveram desde quando começaram a competir, Márquez e Viñales representam dois perfis completamente diferentes.
O primeiro é puro talento, autoconfiança e coragem, tudo em grandes doses. O segundo é frieza, cálculo e controle. Certamente, a estatística que melhor reflete essas duas maneiras de entender as corridas é a quantidade de quedas, embora ao mesmo tempo seja surpreendente que Márquez, sendo, de longe, o que mais rolou no chão, foi também aquele que conquistou a coroa.
O piloto da Honda sofreu um total de 27 acidentes, o terceiro das três categorias nessa seção, apenas atrás de Sam Lowes (31) e Jorge Navarro (30). Viñales, por outro lado, só caiu sete vezes ao longo do ano.
Apesar dessa diferença, o impacto dessas quedas no gráfico de pontos foi o mesmo: tanto Márquez quanto Viñales caíram duas vezes em corridas.
"Meu estilo e o de Márquez são diferentes. Procuro encontrar o limite, mas não o ultrapasso. Então, tentamos melhorar a moto e quando isso acontece, eu a experimento", explica Viñales ao Motorsport.com.
"Marc sempre procura avançar um pouco mais em cada treino e é por isso que às vezes cai, embora na corrida o tenha feito duas vezes", acrescenta o piloto de Roses, que pessoalmente lamenta esses dois episódios (Austin e Assen), em que reconhece o excesso de gana o jogou uma mala pesada sobre ele.
"Se eu pudesse voltar, eu enfrentaria as corridas de Austin e Assen de forma diferente, onde cometi dois erros por querer ir além do limite", conclui Viñales.
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