Johnson: Correr em um F1 é a "chance de uma vida"
A origem da troca de carros entre Fernando Alonso e Jimmie Johnson veio de uma conversa casual, mas Johnson nunca foi tão sério
Jimmie Johnson e Fernando Alonso se conheceram em janeiro em Charlotte, durante o tour anual de mídia da NASCAR. Alonso participou do evento como parte de uma coletiva de imprensa do IMSA, com os pilotos participantes das 24 horas de Daytona.
"Nos conhecemos lá e permanecemos em contato", disse Johnson, de 43 anos, no Texas Motor Speedway nesta sexta-feira. "Não demorou muito e ele perguntou, 'Ei, vamos trocar carros?'. E eu fiquei tipo, 'Você não precisa me perguntar duas vezes'.”
Em um teaser divulgado na sexta-feira, Alonso, de 37 anos, e Johnson anunciaram que participarão de um dia de troca de carros em 26 de novembro no Circuito Internacional do Bahrein, um dia após o final da temporada de 2018 da F1 em Abu Dhabi.
Johnson visitará a sede da McLaren em Londres e passará horas em seu simulador de F1 antes de se juntar a Alonso em Abu Dhabi para o final da temporada de F1.
"Com as duas trocas de carros anteriores (entre NASCAR-F1) ocorrendo, nossos desejos eram tê-la na TV ao vivo, e isso coloca você em um patamar diferente", disse Johnson. “Acho que no mundo de hoje existem muitas maneiras de compartilhar com as experiências digitais que existem.”
“É claro que você quer uma peça para a televisão e acho que há uma maneira de fazer isso, mas as coisas podem viver em plataformas digitais por um longo tempo. Nós realmente queríamos um dia inteiro para experimentar os carros um do outro.”
Experiência completa
Johnson disse que a Hendrick Motorsports lotou o navio com muitos pneus e equipamentos para deixar Alonso "correr o tempo que quiser para ter a experiência completa."
"Eles estão oferecendo a mesma coisa para mim", disse ele. “Nós oferecemos a chance de deixar Alonso comandar o simulador da Chevy (em Huntersville, na Carolina do Norte), mas a programação não ajudou.”
“A mudança maior é para eu ir do meu carro para o dele, então ele sugeriu ir na McLaren e fazer um tour pela oficina, a cidade. Eu estava tipo, "Ah sim, eu vou aceitar tudo.”
"Por que não? Esta é a chance de uma vida. Eu vou aceitar tudo o que eles me deixarem fazer.”
Perguntado sobre os benefícios a longo prazo da troca, Johnson brincou que seu contrato com Hendrick é até o final da temporada de 2020.
"Eu não tenho nada marcado para 2021, mas um piloto de F1 de 45 anos de idade, acho que nunca aconteceu", disse ele.
Competir está no coração
Uma coisa que Johnson tem certeza é que uma futura aposentadoria na NASCAR não significaria que ele pare de guiar.
"Seus desejos são muito parecidos com um (AJ) Foyt ou um (Mario) Andretti, um Parnelli Jones em que eles correram de tudo", disse Johnson sobre Alonso. “Fernando está se posicionando para realmente poder fazer isso na Indy, na F1, em carros esportivos e quem sabe aonde a oportunidade da NASCAR vai levá-lo.”
“Pelo menos ele consegue dirigir um carro. Eu estive em algumas conversas diferentes com os caras e acho que muitos de nós sentimos falta daquela era em que Jones iria correr em qualquer lugar do mundo, Andretti estava em todos os lugares e sinto que há uma chance para que isso comece a voltar.”
"Acho que provavelmente será mais comum que os pilotos terminem mais tarde suas carreiras e tenham essas oportunidades por aí. Eu, certamente, estou planejando fazer isso. Eu não tenho nada certo ainda. Quando eu terminar minha jornada na Cup em tempo integral, eu não terminei de correr.”
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