Porsche Cup: pentacampeão, Elias destaca aprendizado sendo coach

Após conquistar cinco títulos nos cinco anos em que competiu na Porsche Cup Brasil, Enzo Elias migrou em 2023 para a Stock Car Pro Series. Porém, o piloto de 21 anos é presença frequente no paddock da Porsche. Neste ano, ele está nos bastidores, atuando como coach de outros pilotos.

Em entrevista ao Motorsport.com, Elias admite que tem situações que ele ainda está aprendendo a lidar com a sua nova função em 2023.

“É diferente o outro lado da moeda. Estou me dedicando. É um mundo novo, uma forma nova de abordar o final de semana. Tem várias coisas que ainda estou pegando a mão, trabalhar com pessoas, compartilhar minha experiência, do que eu entendo do Porsche. Quando vence é muito legal, você vê fazendo acontecer”, declarou Elias.

“É estranho assistir a corrida de fora, principalmente da 992 (Carrera Cup), que foi onde corri recentemente e ganhei o título. Muitos dos pilotos que competi estão correndo lá e assistir eles brigando, lembrar das disputas como eram, ver a característica de cada um… é muito bacana poder olhar e, de fora, você pensa que poderia fazer algumas coisas diferentes. Estou curtindo, adoro o ambiente da Porsche”, completou.

Elias admite que trabalhar do lado de fora da pista tem ajudado a crescer como piloto, ajudando, inclusive, na Stock Car.

“Quando você trabalha como coach, está no rádio e estudando, você entende um pouco o lado do engenheiro. É um lado diferente. Você entende melhor a comunicação, recebe melhor a mensagem que ele está passando. Eu entendo com maior facilidade o que ele está dizendo, pois agora também estou do outro lado mandando recado também. Fica mais compressível entender quando ele entra no rádio em meio a uma disputa”, revelou.

O piloto também falou que esse aprendizado fora das pistas faz com que ele relembre alguns lances passados, nos quais ele tomaria uma atitude diferente, pois, agora fora do carro da Porsche, ele consegue compreender melhor o contexto geral.

“Com certeza. Quando se trata de disputa, cada um tem uma característica e de fora é mais fácil observar o contexto geral. É mais perceptível do que na época em que eu corria. Eu fico pensando: em determinada situação, agora conhecendo melhor e olhando de fora, eu poderia ser mais agressivo, menos agressivo, por exemplo. Penso um pouco nisso, mas agora já foi. Foi uma época muito boa, sou muito grato e tenho muito orgulho”, finalizou.

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