Sonho de participar do Sertões vem de longe
Pilotos que encaram a edição 2025 do maior rally das Américas nas motos revelam histórias de empenho e paixão pelo esporte

Até onde pode ir o sonho de participar do Sertões Petrobras? Na edição 2025 do maior rally das Américas, até a Austrália ou a Argentina, com escala no Chile, como contam os protagonistas de duas histórias distintas, que se encontram no grid das motos: Daniel Figueiredo e Cristian "Crispy" Arriegada.
O primeiro nasceu em Goiânia mas, aos 10 anos, se mudou com os pais para a Austrália, onde vive na região de Queensland. Mesmo de longe, Daniel acompanhava o Sertões Petrobras, especialmente quando começou a andar de moto e participar de provas off-road, há seis anos. Um email pedindo informações à organização do rally das Américas começou a fazer o projeto sair do papel.
Com a indicação da equipe Brasil Moto Tour, de Dimas Mattos, ele começou a montar as peças do quebra-cabeças que o trouxe de volta ao país para competir. Na época, ainda não sabia que a 33ª edição do rally largaria de sua cidade natal.
"Quando descobri que largaríamos de Goiânia, a história ficou completa. Fiz questão de trazer minha filha, encontrei meus avós, bisavós dela, fomos passear em Caldas Novas. Trabalhei em três locais diferentes para conseguir finalmente participar", conta Daniel, que pilota a moto do próprio Dimas. Todo esse esforço tem valido a pena e supera as expectativas. "Está sendo ótimo. É um pacote de experiências não só de andar de moto, mas também de família e de vida. Na Austrália participei de algumas provas menores e fazia tudo sozinho. Aqui posso contar com a ajuda de uma equipe. Estou impressionado com a estrutura e com tudo o que estou vivendo". Ele ocupa o nono lugar na classificação acumulada da categoria Moto 3.
Garra
O argentino Arriegada tem uma maior experiência no motociclismo de competição, o que inclui um terceiro lugar no Mundial de Enduro (na classe E3) e a disputa do campeonato brasileiro da modalidade já há algumas temporadas. No rally, no entanto, essa é sua primeira experiência, também fruto de muita ajuda e empenho do piloto de Bariloche. O que incluiu uma viagem ao Chile.
"De tanto ouvir dizer que eu me sairia bem nos ralis, resolvi tentar. Ainda é tudo novidade para mim, não estava acostumado a seguir uma planilha, é algo a que estou me acostumando. Um amigo custeou minha inscrição; outros patrocinadores me apoiaram com os uniformes e as peças de que precisava. Faltava conseguir uma moto e outro amigo tinha esta (uma KTM 890R Adventure), só que no Chile. Fui buscá-la, trouxe por estradas e estou aqui. Ela está praticamente original, em, alguns trechos tem pouca agilidade, mas é bastante rápida nas partes mais velozes. No primeiro dia fui apenas o 34°, mas a cada dia tenho me sentido mais à vontade e andado mais rápido. Estou gostando muito da experiência, tenho aprendido e me divertido bastante. Quero muito terminar a prova", resume.
Crispy já aparece em 12° na geral das motos e é o quarto na Moto 1, o que, se mantido até a chegada, na Praia do Francês, valerá o pódio já na estreia.
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