Pizzonia: “carro da Stock Car é tecnicamente ultrapassado”
Amazonense ressalta qualidade do grid da categoria ante a outros campeonatos, mas acredita que mudança técnica seja necessária
Atuando na Stock Car desde 2007, Antônio Pizzonia passou em 2014 pela melhor fase dentro da categoria. Ganhou suas primeiras duas corridas - em Santa Cruz do Sul e Tarumã – e terminou a temporada na nona colocação.
Porém, neste ano o piloto e sua equipe Prati-Donaduzzi vêm tendo dificuldades na segunda metade da temporada para conquistar bons resultados. Seu melhor é apenas um quarto lugar na primeira rodada dupla disputada em Curitiba.
O piloto do carro 1 vê o nível da categoria alto como nunca antes em sua história, com muitos pilotos de qualidade e renome pelo mundo. No entanto, Pizzonia é bastante crítico quanto ao lado técnico do esporte. Para ele, o carro da Stock Car é bastante antigo e pouco seguro.
“Os pilotos são excepcionais. Aqui a gente tem um nível de pilotos que não se encontra em praticamente lugar nenhum”, cravou ao Motorsport.com.
“Mas em termos de nível técnico, a categoria deixa muito a desejar. Os carros são bem ultrapassados comparando com outros carros que temos no mundo. O chassi tubular é pouquíssimo usado hoje, e ainda temos tudo em fibra de vidro. Você não tem uma consistência grande dos materiais quando usa fibra de vidro.”
“Hoje monocoque de cockpit sempre é feito de fibra de carbono. Você tem uma consistência muito precisa. Aqui, se você colocar dez chassis iguais para testar, os dez vão reagir de formas diferentes. Esse é o problema.”
“Enfim, nessa parte técnica deixa a desejar bastante. Principalmente falando da gente, que vem com histórico de carros mais rápidos e tecnologias mais avançadas. A gente sempre quer o melhor. O nosso desejo é que a categoria continue melhorando e o carros continuem evoluindo.”
Ano difícil
Do lado esportivo, a de Pizzonia e de sua equipe Prati-Donaduzzi não é das mais fáceis. Nem ele e nem seu companheiro Júlio Campos tem mais conseguido andar próximos da ponta do grid como no ano passado. “Realmente esse ano não está sendo como a gente esperava”, admitiu ele ao Motorsport.com.
“A gente sempre espera que o próximo ano seja melhor do que o anterior. No ano passado tivemos um ano bom, e a expectativa para esse ano era muito boa. Infelizmente, em situação de campeonato, está bem difícil. Mas a gente ainda quer terminar essa segunda metade bem forte.”
Mas o amazonense sabe a receita para melhorar a campanha de 2015. “O mais importante é estar pontuando em todas as provas. E isso foi provado ano passado com o titulo do Rubinho, que ganhou duas corridas. Eu ganhei duas corridas também. Então, quem estiver sempre pontuando, no final ganha o titulo.”
“É o grande segredo desse novo formato. Você não pode passar nenhum fim de semana zerado.”
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