Pla não se arrepende de ter participado de projeto da Nissan
Recém-confirmado pela Ford para estreia da marca na classe LMGTE-Pro do Mundial de Endurance, Olivier Pla diz que foi positivo ter feito parte do fracassado projeto da Nissan para a LMP1 na temporada passada
A Nissan protagonizou um dos maiores fracassos da história do esporte a motor com o projeto do GT-R LM NISMO, carro que deveria ter disputado a temporada 2015 do Mundial de Endurance na categoria LMP1. O que se viu, de fato, foi uma participação desastrosa nas 24 Horas de Le Mans - única prova em que o protótipo esteve na pista, competindo com os adversários da classe principal do WEC.
"Competindo" talvez não seja o termo mais apropriado, já que o carro foi um fracasso em La Sarthe e sequer andou próximo dos rivais. O projeto revolucionário, com motor dianteiro e desenho significativamente distinto dos demais, não conseguiu fazer o sistema híbrido funcionar e foi cerca de 20 segundos por volta mais lento do que Porsche, Audi e Toyota.
A equipe ainda tentou desenvolver o protótipo até o final do ano passado, mas em Dezembro a Nissan anunciou o fim das operações na LMP1e o projeto foi cancelado.
Olivier Pla, um dos pilotos que andaram com o GT-R LM NISMO, foi contratado pela Ford e fará a temporada completa pela equipe norte-americana na classe LMGTE-Pro no WEC, conversou com o Motorsport.com sobre o período com a fabricante japonesa e não demonstrou arrependimento de ter escolhido tal caminho.
“Você nunca deve se arrepender de se juntar a uma fabricante, todo piloto deseja ter uma oportunidade como essa um dia. Eles me deram a chance de ser um dos pilotos da LMP1, foi duro para todos no time ver como acabou. Mas essa é a vida, no final das contas esse tipo de experiência deixa você mais forte", disse.
Apesar do fracasso da operação da Nissan na LMP1, especialmente em Le Mans, quando - ao lado de Max Chilton e Jann Mardenborough - sequer completou a prova, Pla diz que não restou nada senão admiração por todos os membros da equipe.
“Para mim, o que Ben [Bowlby, technical director] e todo o time fizeram foi algo de extrema braveza, eles decidiram tomar riscos e, infelizmente, acabou não dando certo. Mas não posso critica-los por isso, às vezes você precisa arriscar e existe a chance de falhar", afirmou.
“Fiquei chateado por todos na equipe quando a Nissan anunciou o fim das operações. O tanto que os mecânicos e engenheiros trabalharam em cima do projeto sempre me impressionou, tiro o meu chapéu para eles. É uma pena que tenha acabado desse jeito", completou.
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