WEC: Alpine de André Negrão vai para decisão empatado com Toyota

Terceiro lugar em Fuji leva briga para a última etapa, no Bahrein, no dia 12 de novembro

#36 Alpine Elf Team Alpine A480 - Gibson of Andre Negrao, Nicolas Lapierre, Matthieu Vaxiviere

Foto de: JEP / Motorsport Images

A pandemia afastou o WEC do espetacular Fuji Speedway, no Japão, onde o principal campeonato internacional de resistência não competia desde 2019. Mas o retorno neste domingo (11) obedeceu ao script mais provável: o domínio da Toyota, dona da pista desde 2000, quando a adquiriu da Mitsubishi.

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A redução de potência (35cv) e aumento do peso (17kg) do Alpine imposta pelo BoP (equilíbrio de performance), desde a vitória do esquadrão francês em Monza, foram também decisivos para que os dois carros japoneses liderassem de ponta a ponta as seis horas de duração da prova.

Mesmo assim, como permite o regulamento, a equipe japonesa declaradamente não descartava a possibilidade de dar ordem para o Toyota #7 ceder a posição para o #8, que estava a apenas dez pontos do Alpine líder da classificação, conduzido pelo brasileiro André Negrão e os franceses Nicolas Lapierre e Matthieu Vaxiviere.

Não foi necessário. Apesar de o trio Mike Conway (Inglaterra)/José Maria Lopez (Argentina)/Kamui Kobayashi (Japão) ter garantido a pole, já no início da prova o Toyota #8 conduzido por Sebastien Buemi (Suíça)/Brendon Hartley (Nova Zelândia)/Ryo Hirakawa (Japão) assumiu a liderança e não mais a perdeu.

Foi a oitava vitória da Toyota nas últimas oito provas do WEC disputada em Fuji. Como previsto, o fato de terem tração 4x4 e consumirem menos combustível devido ao motor híbrido, deu novamente aos Toyota uma margem considerável sobre a concorrência: os dois carros japoneses fizeram cinco pit stops de reabastecimento, contra seis do Alpine.

Decisão adiada

Com a vitória do trio Buemi/Hartley/Hirakawa e o segundo lugar de Conway/Lopez/Kobayashi, o brasileiro André Negrão e seus companheiros chegaram em terceiro e agora somam 121 pontos, mesma contagem da tripulação do Toyota vencedor – o que adia para 12 de novembro, nas 8 Horas do Bahrein, a decisão do título. Desde 1987, com o paranaense Raul Boesel, o Brasil não conquista o título da categoria mais veloz do Endurance mundial.

“À parte todas as vantagens que eles já tinham, o BoP nos tirou bastante performance e limitou muito o que poderíamos fazer nesta prova”, resumiu André Negrão.

“Tanto que novamente tivemos que fazer um pit stop a mais. Mas felizmente iremos para a etapa final, no Bahrein, com chances de sermos campeões – e só isso já é um resultado espetacular nas condições atuais. A equipe fez um trabalho fantástico e estou certo de que iremos manter a pressão sobre eles na corrida final”, destacou o brasileiro.

Com cinco etapas disputadas, a tripulação do Alpine e do Toyota #8 empatam também na quantidade de vitórias: duas para cada carro. Somando 95 pontos, o Toyota #7 de Conway/Lopez/Kobayashi ainda tem chances matemáticas de ser campeão. Para isso, precisa torcer para o abandono dos dois líderes e vencer as 8 Horas do Bahrein.

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