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SuperBike Brasil oficializa união com Confederação e anuncia mudanças na segurança

Em evento realizado em São Paulo, CEO da categoria, Bruno Corano anunciou pacote de mudanças na segurança, após mortes ocorridas em Interlagos

Reunião entre representantes do SuperBike Brasil e Confederação Brasileira de Motociclismo

O SuperBike Brasil passa por um ano primordial para sua própria existência. Primeiro pelas duas mortes ocorridas em Interlagos em duas etapas seguidas, a do piloto Mauricio Paludete e de Danilo Berto. A categoria chegou a ver a saída temporária de Honda e Yamaha, depois de medidas anunciadas em prol da segurança dos competidores.

Como parte disso, nesta quinta-feira, aconteceu em São Paulo o anúncio oficial da Revisão de Regras de Segurança para o SuperBike, além da união da categoria com a Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM). Entre os presentes, Bruno Corano, CEO da categoria e Firmo Henrique Alves, presidente da CBM, celebraram ação entre a principal série sobre duas rodas do Brasil e a entidade.

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As mudanças estão baseadas em três nortes: pilotos, processos-chave e autódromos. Em relação aos competidores, foi estabelecido idades mínimas e máximas dentro das categorias do SuperBike, a concessão de licenças - com cursos de pilotagem na teoria e na prática, rigor na avaliação de equipamentos dos pilotos, exames médicos – incluindo perfis psicológicos, algo inédito no mundo. 

Além disso, um maior detalhamento das necessidades de segurança nos autódromos que a categoria corre será feito, com investimentos nas barreiras de proteção, após avaliação quanto ao tipo, dimensões e locais.

Segundo Corano, muito do que será implantado será baseado em normas da aviação, em que a tolerância de falha é zero.

"Na aviação se olha desde o asfalto do aeroporto, os controladores de voo, o avião, a capacitação do piloto, manutenção, o espectro completo. Tínhamos que fazer igual. Com a matriz construída, estabelecemos facilmente para onde deveríamos ir com o que tínhamos que trabalhar de uma forma completa. Nos acidentes, havia a suspeita de que não seguíamos um padrão e na realidade nós seguíamos algumas coisas feitas lá fora. E agora estamos construindo e documentando desses processos."

Os investimentos da categoria para os novos investimentos já passam de R$1.5 milhão. .

Nunca perto do fim

Corano admitiu que uma “avalanche” caiu sobre a categoria que gere, após as duas mortes, com quatro processos vindos do Ministério Público de São Paulo. Mesmo assim, ele afirmou nunca pensou em encerrar as atividades do SuperBike.

“A chance que tivemos de encerrar? Zero. O único ponto que nos levaria a encerrar seria se eu cansasse. Do ponto de vista estrutural, o negócio é sólido. Talvez se perdêssemos receitas de patrocínio, teríamos dificuldades, mas acabar, não esteve perto de acabar. Até legalmente, nós estamos respaldados.”

Alinhamento com a CBM

Muitos dos novos processos técnicos serão consequência da união com a CBM. Corano e o próprio presidente da entidade explicaram porque o alinhamento entre as partes não aconteceu antes da sequência de mortes dos últimos anos do SuperBike.

“Eu não sei falar meias palavras. A CBM antes do Firmo estava de ponta cabeça, entregaram a ele bagunçada, quebrada e desmoralizada. O SuperBike surgiu porque a Confederação no passado desmantelou a outra categoria que existia."

"O fato é que nós nascemos independentes e este foi um processo de amadurecimento, depois da chegada do Firmo. A decisão de se unir com a CBM impacta também na vida dos patrocinadores, pilotos, equipes, mas em última análise, a decisão era minha”, concluiu Corano.

Pistas que recebem F1 e MotoGP

Interlagos chegou a receber a MotoGP e recentemente passou por inspeções da Federação Internacional de Motociclismo (FIM) para que no futuro próximo possa receber corridas de nível internacional. Relembre quais pistas hoje conseguem receber as principais categorias das duas e quatro rodas.

Austin - Circuito das Américas
Áreas de escape largas marcam a pista americana.
Austin - Circuito das Américas
Os muros são revestidos de barreiras de proteção.
Austin - Circuito das Américas
As áreas de escape ainda contam com caixas de brita.
Austin - Circuito das Américas
Pista recebe várias categorias do esporte a motor.
Austin - Circuito das Américas
Áreas de escape atendem aos requisitos máximos de segurança.
Barcelona - Circuito da Catalunya
Pista espanhola também tem áreas de escape largas nas curvas mais perigosas.
Barcelona - Circuito da Catalunya
E caixas de brita para desacelerar pilotos após quedas.
Barcelona - Circuito da Catalunya
Barreiras dos muros visam amortecer impactos e evitar o retorno das motos sobre os pilotos.
Barcelona - Circuito da Catalunya
Detalhe das britas em curva da pista de Barcelona.
Barcelona - Circuito da Catalunya
Áreas de escape generosas.
Austria - Red Bull Ring
Caixas de brita e barreiras de proteção nos pontos de risco da pista austríaca.
Austria - Red Bull Ring
Detalhes de pilotos da MotoGP em curva protegida por britas.
Austria - Red Bull Ring
Apesar da grama em alguns pontos, a faixa é estreita e seguida por brita.
Austria - Red Bull Ring
Curva com gramado, sucedida de curva com Termac e brita.
Austria - Red Bull Ring
Curvas de alta possuem asfalto e brita na área de escape.
Austria - Red Bull Ring
O Termac permite o retorno dos pilotos de F1 à pista, com segurança.
Grã-Bretanha - Silverstone
Silverstone possuí brita nos escapes e muros são distantes.
Grã-Bretanha - Silverstone
Curva na entrada da reta é protegida com Termac, brita e os muros são afastados e protegidos com barreiras de ar.
Grã-Bretanha - Silverstone
Curva da entrada da reta em detalhe.
Grã-Bretanha - Silverstone
Detalhe mostra a dimensão da caixa de brita e barreiras de proteção.
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Erick Gabriel
Bike
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