Análise

ANÁLISE F1 - Mercedes 'zero pod': zero títulos, zero vitórias

Equipe de Wolff se encontra no caminho de definir o conceito do W14, carro do próximo ano após as lições do malsucedido W13

George Russell, Mercedes W13

Foto de: Alessio Morgese

A Mercedes está trabalhando arduamente na definição do W14,  o carro da marca alemã que deverá substituir o decepcionante W13 na próxima temporada da Fórmula 1: esta flecha de prata ficará na história, se nada mudar nas últimas corridas do ano, será o primeiro carro da era híbrida com zero títulos, zero vitórias por ter optado pelo conceito do zero pods.

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Após uma fase dominante nos anos anteriores, a escuderia de Brackley perdeu um carro, não interpretando corretamente a nova normativa que introduziu o efeito solo de forma mais eficiente e pagando uma clara diferença de rendimento em relação a Red Bull e Ferrari.

Mercedes W13, detalhe da asa traseira descarregada vista durante o fim de semana do GP da Itália

Mercedes W13, detalhe da asa traseira descarregada vista durante o fim de semana do GP da Itália

Photo by: Giorgio Piola

Os engenheiros da Mercedes perderam metade do campeonato tentando entender o comportamento instável do W13, vítima do exagerado porpoising no começo da temporada que obrigou a equipe a levantar a parte inferior do carro, perdendo carga aerodinâmica e, por tanto, rendimento.

E para sermos justos, temos que levar em conta que as errôneas decisões de projeto provavelmente andaram de mãos dadas com a perda de correlação entre os dados do túnel de vento e a pista, no momento crucial deliberação do carro. Toto Wolff esperava um carro capaz de cortar um segundo no ritmo de todos, uma vez que os testes no Bahrein deixou imediatamente claro que os conceitos provaram ser uma aposta.

Lewis Hamilton, Mercedes W 13 como o conceito de zero pod

Lewis Hamilton, Mercedes W 13 como o conceito de zero pod

Photo by: Steven Tee / Motorsport Images

Na segunda metade do campeonato a sensação é que a frutífera compilação de dados está dando resultados e o W13, ainda sem ritmo em uma volta, é capaz de expressar o melhor de si mesmo em ritmo de corrida. Sofre nas primeiras voltas com o tanque cheio, mas logo encontra um ritmo que melhorou com a redução dos quiques.
 
A Meercedes deu a sensação de poder se aproximar da Ferrari, mas foi apenas uma...guinada do carro da escuderia de Maranello com a introdução do TD39, do que um verdadeiro salto de qualidade da flecha de prata. O carro de Brackley tem um mérito: é um tanque que nunca quebra e a confiabilidade do motor é, sem dúvida, uma garantia para colocar alguns pontos importantes em jogo em cada consulta.
James Allison, estará mais envolvido na definição do Mercedes W14

James Allison, estará mais envolvido na definição do Mercedes W14

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

Mike Elliott e James Allison, desviados para o projeto do barco da America's Cup, mas mais uma vez envolvidos na definição do W14, estão trabalhando há algum tempo no W14, um carro que deve colocar a Mercedes de volta em órbita.

"Este é um período crucial", admite Wollf, "Nos faltavam ferramentas, as simulações e a compreensão dos dados para entender quais eram os problemas do W13, que falhava aerodinâmica e mecanicamente. Nos levou meses para entender onde estávamos."

"Não creio encontramos o Santo Graal e hoje entendemos tudo, assim que no ano que vem será uma explosão. Temos alguns meses pela frente nos quais teremos que tomar as decisões corretas."

As férias de inverno serão uma oportunidade para Mercedes dar um salto importante para se apresentar em 2023 como uma rival viável para Red Bull e Ferrari. Lewis Hamilton se mostra confiante quando pensa no W14...

"Há potencial no carro", disse o sete vezes campeão do mundo, "temos a carga aerodinâmica agora, embora haja alguns pontos em que não podemos usa-lo. Mas estamos indo na direção correta e tenho 100% de confiança nos caras da fábrica, que estão juntando todas as peças do quebra-cabeças, não tenho dúvidas de voltaremos à disputa no ano que vem."

George Russell, Mercedes W13

George Russell, Mercedes W13

Photo by: Steve Etherington / Motorsport Images

Uma coisa é certa: o carro de 2023 vai representar uma ruptura com o decepcionante W13, mas ainda não foi tomada uma decisão definitiva sobre a direção que será tomada.

Andrew Shovlin, engenheiro-chefe do circuito, admitiu: "Seria justo dizer que o carro mais rápido é o que tem o melhor conceito. Assim que hoje, devemos nos voltar a Red Bull. Mas é difícil saber para onde vai no próximo ano. No entanto, não temos definido como será nosso carro, estamos explorando diferentes conceitos e esse processo continuará durante algum tempo. Buscamos a melhor oportunidade de desenvolvimento com as novas regulamentações que estão surgindo."

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