Análise: saiba como será a asa traseira que a Ferrari vai utilizar no GP da Espanha
Equipe italiana aproveitou dia de filmagem em Monza para testar algumas configurações aerodinâmicas. Nas ilustrações de Giorgio Piola é possível ver a asa traseira que será usada para GP da Espanha
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
O dia de filmagem da Ferrari em Monza serviu para além de satisfazer as necessidades comerciais dos patrocinadores que apoiam a equipe de Fórmula 1, também para dar algumas respostas aos técnicos da escuderia.
Charles Leclerc esteve em 17 voltas autorizadas pela FIA, alternando o número #16 com o #55 de seu companheiro de equipe, Carlos Sainz, e trocando o capacete quando necessário.
A oportunidade de filmar sem o patrocinador Kaspersky, que desapareceu do F1-75 após as sanções que foram aplicadas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, permitiu que a Ferrari aproveitasse a oportunidade para realizar alguns testes em vista do GP da Espanha, agendado para o próximo fim de semana em Barcelona, mas não só isso.
Charles Leclerc, Ferrari F1-75, durante o dia de filmagem em Monza
Monza é como um 'túnel de vento ao ar livre', ideal para verificar algumas configurações aerodinâmicas e várias foram testadas, com percursos muito curtos realizados, em velocidade constante nas retas apenas para comparar os dados do túnel de vento e sistemas de simulação.
Em suma, uma abordagem muito científica em uma mistura bem elaborada de imagens de vídeo e soluções técnicas que aconselharam os responsáveis de Monza a bloquear a pista com controles em cada acesso de uma segurança exagerada para um dia de filmagem.
Charles Leclerc, Ferrari F1-75, durante o dia de filmagem em Monza
Photo by: Ferrari
Em Barcelona, a Ferrari trará um importante pacote de atualizações com o qual a escuderia planeja alcançar a Red Bull, que levou a melhor nas duas últimas corridas (Ímola e Miami), mostrando vantagem estimada em dois décimos de segundo, medida pelo próprio Mattia Binotto, chefe da equipe.
A oportunidade serviu para avaliar algumas soluções: teria surgido a asa traseira de baixo downforce, que em Miami não foi vista, devido à aderência do asfalto definitivamente menor do que aquela que havia sido fornecida para as simulações e que será útil no Canadá, mas, acima de tudo, vimos a asa traseira de alto downforce, que entrará em cena em Barcelona.
Comparação entre as asas traseiras da Ferrari F1-75: acima, a de Miami e abaixo, de Barcelona
Photo by: Giorgio Piola
No desenho de Giorgio Piola é possível ver as diferenças com a asa traseira que foi usada no GP de Miami.
O perfil principal possui uma colher mais profunda na parte central, ao passo que possui um desenho diferente e mais perfilado em direção às anteparas laterais, em busca de uma maior força vertical, sem exagerar na penetração do ar e, portanto, na eficiência.
O flap móvel é caracterizado por uma corda maior e uma concavidade mais evidente que será particularmente útil no terceiro setor da pista de Montmelò, em que o F1-75 deve fazer a diferença em relação à Red Bull.
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