Análise Técnica: Giorgio Piola explica novidades na Austrália
Embora tenha ocorrido um intervalo de apenas duas semanas entre o final dos testes e a primeira corrida da temporada, Giorgio Piola e Matt Somerfield relatam uma série de questões técnicas interessantes sobre os carros no GP da Austrália
A proximidade do começo da temporada de Fórmula 1 com os testes de pré-temporada significou que não houve muito tempo para as equipes fazerem atualizações para a Austrália.
No entanto, ainda havia uma abundância de itens interessantes, e o fim de semana ofereceu a chance de olhar mais de perto detalhes de alguns conceitos utilizados.
Ele também permitiu compreender melhor como alguns dos desenhos - como o duto S da Toro Rosso - realmente funcionam.
Toro Rosso
A equipe baseada em Faenza pode ser a equipe júnior da Red Bull, mas o uso da unidade de potência da Ferrari nesta temporada parece já ter entregue uma elevação no desempenho, que deve permanecer pelo menos a curto prazo.
O duto S da equipe já era aparente durante o teste de pré-temporada, mas o encaminhamento do fluxo de ar estava um pouco mais enigmático. No entanto, na Austrália nós descobrimos os detalhes.
Quatro entradas do estilo NACA foram colocados na superfície inferior do bico, com os dois menores colocados mais à frente cumprindo o papel de arrefecimento do piloto e da parte eletrônica.
Enquanto isso, os dois maiores dutos, em forma de S, foram alojados dentro do bico.
O fluxo de ar que circula a partir dessas entradas maiores passa através do duto S para fora da abertura no topo do bico, reduzindo a quantidade de desprendimento do fluxo de ar que ocorre normalmente.
Na parte traseira do STR11 encontramos outra pequena alteração, com a equipe colocando uma pequena tábua vertical no topo da rampa do difusor. Este fica logo à frente da placa terminal, melhorando o seu desempenho e seu efeito sobre o difusor.
Mercedes
Na sequência de um incidente na sexta-feira de treinos livres, onde Nico Rosberg destruiu o bico, a equipe optou por executar uma especificação mais antiga sem o duto S para o restante das sessões de sexta-feira.
A equipe tinha apenas três mais recentes especificações disponíveis em Melbourne e não quis arriscar outro incidente, o que significava que nenhum piloto poderia usá-lo.
Ferrari
A Ferrari teve um teste de pré-temporada relativamente tranquilo em termos de tentar novas peças que, quando se trata de uma mudança radical como teve, não é surpreendente.
Durante os testes foram feitas numerosas alterações na asa dianteira, o que continuou durante o GP da Austrália. Em primeiro lugar, colocando um slot ranhurado na placa terminal, alterando a pressão gradiente e a forma em que se move o fluxo de ar em torno da roda da frente.
Em segundo lugar, eles colocaram um entalhe na cascata R, alterando a forma do vórtice que alcança posição na superfície do pneu.
Por último, já na parte final do teste, a equipe introduziu um novo flap, com um perfil serrilhado na sua ponta. Estes serrilhados foram colocados em uma área crítica para a formação do vórtice Y250, que é predominantemente formado pela junção da seção central neutra da asa dianteira com a seção do flap.
McLaren
Embora não seja nova, já tendo sido utilizada no MP4-30, a atenção aos detalhes sobre as montagens de câmera não pode ser ignorado, especialmente porque a estrutura do fluxo de ar é importante quando se considera a nova configuração dos braços de direção.
As montagens apresentam uma ranhura central, permitindo o fluxo de ar para se deslocar entre as superfícies de pressão, aumentando o seu ratio.
A McLaren parece decidida a angariar desempenho desses pequenos detalhes com a equipe primeiro introduzindo fendas nos pilares da asa dianteira, como observado no lançamento do carro.
Uma pequena mudança foi aplicada na parte traseira do MP4-31, com a equipe adicionando um outro par de aletas (destacado em verde) de cada lado da estrutura Y150.
Esta parece ser uma alteração feita com um material diferente na construção da aleta principal, com a equipe provavelmente usando uma impressora em 3D.
A equipe também teve uma saída de refrigeração menor à sua disposição na Austrália do que tinha anteriormente utilizado durante os testes de pré-temporada, talvez destacando alguns dos passos obtidos com fornecedor de unidade de potência, Honda.
No entanto, alterações nos dutos de freios traseiros viu um pequeno aumento na capacidade de refrigeração.
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