Anúncio de entrada da Audi na F1 com a Sauber é iminente, e pode acontecer já no GP da Bélgica; conheça detalhes

Informação foi divulgada pelo portal Motorsport-Total.com, site irmão do Motorsport.com na Alemanha, e pode acontecer já no fim de semana do GP da Bélgica

#1 Phoenix Racing Audi R8 LMS Audi logo

Foto de: Eric Gilbert

A Fórmula 1 está próxima de ganhar oficialmente uma montadora para o grid de 2026. Segundo o Motorsport-Total.com, site irmão do Motorsport.com na Alemanha, o anúncio de entrada da Audi com a Sauber é iminente, podendo acontecer já neste fim de semana, durante as atividades para o GP da Bélgica.

Caso isso se concretize, o anúncio de entrada da Audi aconteceria antes mesmo da Porsche, cuja parceria com a Red Bull deixou de ser segredo há semanas.

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Atrás das portas fechadas, há rumores na indústria de que Gerhard Berger atuou como conselheiro da Audi nesse processo de entrada na F1. O austríaco, que hoje é o homem-forte do DTM, teria ocupado um papel decisivo nas negociações com a Sauber (que hoje compete na F1 como Alfa Romeo).

Mas Berger negou a ligação quando questionado pelo Motorsport-Total.com: "Não tenho um contrato de consultoria de F1 com a Audi. Não tenho relação próxima com a Sauber e pouco contato com eles. Não estive envolvido nas conversas entre Sauber e Audi".

A Audi, liderada pelo CEO Markus Duesmann, havia negociado imediatamente com a McLaren sobre uma aquisição das ações da equipe. Berger confirma que fez essa mediação: "Eu estabeleci o contato", confirmou o austríaco.

A família real do Bahrein, que detém 60% das ações do Grupo McLaren pelo fundo soberano Mumtalak, foi a que Berger "colocou em contato para iniciar as negociações. Porque a McLaren teria sido a parceira perfeita para a Audi na F1".

Mas as negociações entre McLaren e Audi não deram em nada. Rumores ainda apontam para conversas da montadora com a Williams (através do atual CEO e ex-chefe da VW no Mundial de Rally Jost Capito) e a Aston Martin, ambas sem sucesso.

No começo de suas explorações, a Audi teria até buscado uma parceria com a Red Bull. Mas tanto o CEO da marca de bebidas energéticas, Dietrich Mateschitz, e o consultor Helmut Marko se colocaram mais à favor da Porsche desde o começo.

O público sabe há muito tempo que a fundação do acordo da Red Bull e a Porsche já está montada, pelo menos desde o 'vazamento do Marrocos', que revelou que a montadora comprará 50% das ações da equipe. Herbert Diess, então CEO do Grupo VW, já havia dito no começo de maio que os planos da Porsche estavam "relativamente concretizados", com a Audi "não muito".

Desde então, porém, a Audi vem evoluindo rapidamente com seus planos, e seu anúncio oficial da entrada com a Sauber é visto como iminente, podendo acontecer já neste fim de semana, durante a passagem da F1 por Spa-Francorchamps.

Quanto à Porsche e Red Bull, o anúncio vai se arrastando há semanas. Até recentemente, a não-ratificação do regulamento de motores de 2026 era colocada como o motivo para isso.

"A decisão do conselho da VW é de que, se o regulamento técnico cumprir os critérios, eles terão a permissão de entrar na F1", disse Marko recentemente em entrevista ao Motorsport-Total.com. "Algo puramente formal, porque esse regulamento ainda não existe oficialmente. O presidente da FIA deve abrir a votação logo. Eles começarão apenas depois disso".

O regulamento foi formalmente aprovado em 16 de agosto, mas ainda não há uma comunicação oficial das duas partes. Se temos novos detalhes, é porque a autoridade antitruste de Marrocos publicou nos últimos dias um novo documento com mais detalhes.

As coisas estão se movendo rápido na Audi. A Sauber, que pertence à Finn Rausing, rejeitou a oferta de compra de Michael Andretti por 350 milhões de euros no fim do ano passado. Rausing insistiu na manutenção do Grupo Sauber em Hinwil e a preservação dos empregos, além de pedir mais 250 milhões de euros como contribuição para saber que estava em mãos seguras, o que foi demais para Andretti.

Com a Audi, a Sauber está recebendo uma parceira forte que, segundo apurado pelo Motorsport-Total.com, está preparada para pagar mais que a Andretti por menos ações, com Rausing seguindo no conselho como dono minoritário). Há ainda a promessa de seguir desenvolvendo a Sauber como equipe de fábrica, similar à parceria com a BMW entre 2006 e 2009.

É interessante notar que o atual CEO da Audi, Markus Duesmann, que fez de tudo para garantir a entrada da marca na F1, era chefe de desenvolvimento na BMW-Sauber entre 2007 e 2009, e ainda conhece pessoas de Hinwil de sua época.

O plano inclui a manutenção da construção do chassi em Hinwil, que possui um dos túneis de vento mais modernos da F1 atual. Já a unidade de potência será criada em uma fábrica da Audi em Neuburg, sendo produzida e desenvolvida em solo alemão, diferentemente da Porsche, cujo foco do motor estará na sede da Red Bull Powertrains em Milton Keynes.

Berger acredita que a Audi terá sucesso na F1. O chefe do DTM disse em uma entrevista mais cedo neste ano: "A Audi possui um departamento excelente de motores. Se a Audi decidir entrar na F1, confio que eles deixarão uma boa impressão. Tecnicamente, eles são bons. No DTM, seu motor foi bem mais competitivo que as outras montadoras".

Similar à Porsche, a Audi criará uma nova companhia para o projeto da F1. Segundo informações apuradas pelo Motorsport-Total.com, Adam Baker, contratado pela montadora no fim de 2021 para "tarefas especiais" será o diretor. Baker trabalhou anteriormente na BMW, onde conheceu Duesmann e outros nomes ligados à F1.

Outro candidato óbvio à vaga teria sido o atual diretor desportivo, Julius Seebach, que tem mais experiência de gerenciamento que Baker como CEO da Audi Sport. Mas Seebach deve ser substituído logo no cargo, segundo apurado, assumindo uma nova posição no depaetamento de desenvolvimento da Audi.

Podcast #191 – O que primeira parte da temporada da F1 em 2022 trouxe de bom e ruim?

 

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