Barrichello: experientes 'fazem a cabeça' dos jovens por segurança
Ainda que alguns se preocupem mais com seus carros, brasileiro conta que pilotos mais rodados e sustos ajudam mais novos a se conscientizarem
A Fórmula 1 vive sua 17ª temporada sem que nenhum acidente fatal aconteça – os dois últimos levaram Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no final de semana do GP de San Marino de 1994. Ainda que algumas batidas graves tenham sido registradas desde então – Mika Hakkinen, Michael Schumacher e, mais recentemente, Felipe Massa ficaram um bom tempo de 'molho' devido a fortes colisões – é inegável que a segurança nos carros evoluiu muito.
Isso faz com que toda uma safra de jovens pilotos não tenha convivido com o perigo eminente de uma morte em serviço. Em um grid no qual o atual campeão do mundo tinha seis anos naquele trágico final de semana em Imola, será que a preocupação com esse aspecto já não é a mesma?
“Como presidente da GPDA (Associação dos pilotos de Grande Prêmio) vejo pessoas muito jovens se empenhando em participar e outras muito voltadas ao desenvolvimento do carro”, testemunha ao TotalRace o piloto mais experiente do grid, Rubens Barrichello. “Então, quando a gente discute algo sobre a segurança, a preocupação é 'preciso ver se meu carro vai ser rápido com esse tipo de adendo ou não'.”
Para o brasileiro, isso aumenta a importância da presença dos mais 'rodados', como o próprio Schumacher, que comemora 20 anos na categoria neste final de semana – o alemão e Barrichello são os únicos remanescentes de 1994 – o piloto de testes da McLaren Pedro de la Rosa, Jarno Trulli e Mark Webber.
“É cada um querendo olhar seu lado mas, no final, uma pessoa experiente dando o seu parecer – porque não faz muito tempo que eu era jovem também e estava interessado em andar de carro de corrida e fazer a curva de pé embaixo, não colocar uma chicane no meio da Eau Rouge, por exemplo – ajuda. São aspectos que você vai vivendo e vai aprendendo. Tem muito desse lado do jovem querer andar rápido e não se preocupar, mas tem muitos jovens que se preocupam.”
O piloto da Williams, do alto de seus 317 GPs, observa que muitas vezes batidas fortes servem como um alerta para os mais jovens. E cita o exemplo de Sergio Perez, que diz ainda não se sentir totalmente recuperado do acidente no treino de classificação para o GP de Mônaco deste ano, que o deixou fora da prova em Monte Carlo e da corrida seguinte, no Canadá.
“Muitas vezes tem de acontecer alguma coisa. Por exemplo, o Perez, depois do acidente, tem prestado muita atenção nessas coisas de segurança. Tem coisas que acontecem, que graças a Deus não machucam, e que vêm para o bem.”
(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos)
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