Coluna do Vicente Sfeir: como medir o retorno dos investimentos no automobilismo
Colunista do Motorsport.com traz novidades sobre o mundo dos negócios no automobilismo, explicando o que é ROI
Em um final de semana com tantas competições como o último, faltam horas para que possamos acompanhar todos os detalhes dos eventos de esporte a motor no Brasil e no mundo.
F1 com a sua milésima corrida, Moto GP e seu incrível momento, Fórmula Indy, Nascar, Fórmula E, Copa Truck e até os campeonatos regionais. São tantas provas, que ficamos até desnorteados de como e o que priorizar.
Na maioria desses eventos existem milhões de Euros, Dólares e Reais investidos por empresas dos mais variados segmentos. Mas, no fundo, o que esperam essas empresas?
O esporte a motor é um grande laboratório de testes, que está em constante evolução. Motores, combustíveis e componentes são desenvolvidos e testados e levados ao limite extremo.
Muitos usam a performance e resultados do esporte a motor para se diferenciar dos seus concorrentes. Exemplo: qual é a única empresa de combustíveis que pode falar que é desenvolvida em parceria com a Scuderia Ferrari da F1? Certamente esse endosso só ela terá para se apresentar perante o mercado global.
Charles Leclerc, Ferrari SF90
Photo by: Zak Mauger / LAT Images
Joey Logano, Team Penske, Ford Mustang Shell Pennzoil
Photo by: Nigel Kinrade / NKP / LAT Images
E o quanto vale investir em cada uma dessas parcerias ou iniciativas?
A sigla ROI que no inglês quer dizer “return on investment” pode ser uma linha de partida.
O ROI pode ser usado para identificar o retorno que um investimento traz para o negócio.
Exemplo: uma montadora no salão do automóvel. Não é difícil medir o valor que a empresa investiu em seu stand versus o número de negócios que fechou com os seus dealers ou consumidores durante o período do salão. Ou até mesmo o quanto as
vendas aumentaram após a divulgação dos lançamentos no salão.
O ROI pode ser usado também para identificar o retorno que o investimento traz para a marca.
Neste caso podemos usar como exemplo os patrocínios.
Feito o investimento para exposição da marca em uma categoria, com ferramentas fornecidas por empresas de monitoramento de mídia, podemos valorar o retorno que aquela exposição trouxe para a marca.
Vou dar como exemplo o patrocínio da Shell na Stock Car. Sabemos que os orçamentos não são baixos, e, por isso, o pacote de mídia da categoria tem que estar equivalente ao retorno do investimento. Caso contrário, as equipes não conseguirão captar esses recursos no mercado e consequentemente o negócio não será sustentável.
Átila Abreu e Mark Winterbottom
Então a empresa de monitoramento envia um relatório mensal para o patrocinador, dizendo quanto tempo a marca esteve exposta no veículo de comunicação X (TV) e para quantas pessoas (audiência). São somados os tempos da transmissão dos treinos, da corrida, das reportagens de TV, das matérias da mídia on line e por último a mídia impressa. Consideramos também o publico impactado diretamente nos autódromos e tentamos também proporcionar uma experiência de marca para elas, através de visita aos boxes, entrega de kits com bonés e camisetas e etc.
Cada detalhe conta para mexer o ponteiro.
E, a cada ano, o marketing tem mais dificuldade de justificar os seus investimentos. Nesse sentido, o ROI é um dos KPIs (“key performance indicator”) sinalizador de sucesso de cada iniciativa.
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.