Análise

Com 15 vagas em aberto para 2025, F1 abre 2024 sob expectativa de um mercado de pilotos quente

Apenas Verstappen, Hamilton, Russell, Norris e Piastri estão garantidos para 2025, o que cria grandes expectativas para mudanças no grid

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19, Charles Leclerc, Ferrari SF-23, Oscar Piastri, McLaren MCL60, Lando Norris, McLaren MCL60, George Russell, Mercedes F1 W14, the rest of the field at the start of the race

Foto de: Steve Etherington / Motorsport Images

Se em 2024 teremos estabilidade do grid pela primeira vez na história da Fórmula 1, a expectativa é que a próxima temporada marque um mercado de pilotos dos mais quentes para 2025. Muitas negociações já começaram há algum tempo, com algumas na reta final como na Ferrari. E há dúvidas importantes, como Fernando Alonso e Sergio Pérez, além de uma atenção em particular para a Sauber, que vira Audi em 2026.

Movimentos do mercado que escapam aos rumores, como a ida de Alonso para a Aston Martin em 2022, são cada vez mais raros. Do resto, tudo é amplamente divulgado com a única variável sendo a duração do acordo.

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É o caso da Ferrari que, nas próximas semanas, deve anunciar as renovações de Charles Leclerc e Carlos Sainz. As prorrogações já são esperadas há algum tempo, com a dúvida sendo a duração dos contratos e os valores.

A estabilidade é algo parcialmente procurado, com os chefes de equipe tendo atualmente uma abordagem de arriscar o mínimo possível, com uma decisão errada colocando em risco uma posição gratificante e bem remunerada. Por isso, sem questões críticas que forcem uma mudança, é melhor seguir o caminho seguro e conhecido.

No entanto, existem também outros motivos que influenciam um mercado estagnado e desprovido de reviravoltas. A primeira é que o piloto mais cobiçado de hoje, Max Verstappen, está 'preso' à Red Bull até o fim de 2028. Ele não tem motivos técnicos e financeiros para mudar, tendo a melhor relação possível com o time austríaco.

Max Verstappen ha un lungo contratto con la Red Bull

Photo by: Andy Hone / Motorsport Images

Max Verstappen ha un lungo contratto con la Red Bull

Timing incompatível entre Mercedes, Ferrari e McLaren

Outra variável que contribui para um mercado apático recentemente é o momento da renovação, que deixou Mercedes e Ferrari desalinhados. Lewis Hamilton e George Russell foram confirmados no final de agosto em uma prorrogação válida até o fim de 2025. Esse cenário era previsto, porque não haviam alternativas reais para uma mudança de cenário em 2024.

O mesmo vale agora para a Ferrari, com Leclerc e Sainz não tendo nada melhor a almejar do que a Scuderia, e a recíproca também é válida.

Além de Verstappen e da dupla da Mercedes, Lando Norris e Oscar Piastri completam a lista de cinco pilotos já confirmados para 2025. O cenário teria sido muito diferente se os contratos destes pilotos tivessem coincidido com os dois da Ferrari, o que ofereceria, pelo menos no papel, a possibilidade de avaliar outras soluções.

Na verdade, hoje nos deparamos com casamentos bons, mas, ao mesmo tempo, forçados em termos de tempo, e será assim até que alguém decida romper prematuramente seu contrato.

É difícil, mas não impossível, como vimos com Daniel Ricciardo e a McLaren. Em outros casos, existem as cláusulas de desempenho, que podem antecipar o fim da relação. 

In Ferrari si lavora per rinnovare il contratto di Charles Leclerc e Carlos Sainz

Photo by: James Sutton / Motorsport Images

In Ferrari si lavora per rinnovare il contratto di Charles Leclerc e Carlos Sainz

Perez e Alonso serão os focos

Com Mercedes, McLaren e Ferrari fora do mercado de 2024, um dos principais tópicos será o futuro de Sergio Pérez. Muitos dizem que ele está fora dos planos da Red Bull, mas ele terá a chance de se provar no começo do campeonato.

Helmut Marko e Christian Horner vão monitorar seu desempenho e, ao mesmo tempo, o que virá da dupla Yuki Tsunoda - Daniel Ricciardo. Mas a escolha interna não é mais tão óbvia. Mesmo neste caso, considerando os pilotos de ponta que já estão garantidos, a escolha (se necessário) recairá sobre um jovem ou alguém com um currículo decente.

Já a Aston Martin vive uma realidade diferente. Alonso completa 43 anos em julho. Neste caso, será avaliada uma escolha alternativa, com a pista mostrando o caminho. Se seu desempenho for o mesmo de 2023, Fernando pode conseguir mais um ano de contrato, a não ser que ele decida parar.

E com a situação sempre incerta de Lance Stroll, Felipe Drugovich pode estar bem posicionado neste mercado para se tornar o primeiro piloto brasileiro titular desde a saída de Felipe Massa em 2017.

A Alpine terá os dois pilotos no fim do contrato, e precisará ser ativa no mercado. Pierre Gasly parece estar em uma posição mais sólida que a de Esteban Ocon, que aparenta chamar a atenção da Sauber.

Fernando Alonso e Sergio Perez saranno i primi tormentoni della stagione 2024

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Fernando Alonso e Sergio Perez saranno i primi tormentoni della stagione 2024

É importante ficar de olho em Albon

Para Alpine e Aston, um nome no topo da lista é Alexander Albon, que terá a posição invejável de avaliar diversas oportunidades, incluindo um potencial retorno à Red Bull. Mas o tailandês não esquece o tratamento que lhe foi dado no fim de 2020, quando sequer teve a chance de um downgrade para a AlphaTauri.

Ao contrário de outros casos citados, Alex não teria na Red Bull sua única chance de seguir no grid. Já para a Sauber, além de Ocon, há também Nico Hulkenberg, como forma de moldar o ciclo Audi, tendo um piloto alemão em uma equipe efetivamente alemã a partir de 2026. Embora seja um projeto com grandes ambições e potencial financeiro, a montadora não terá vida fácil, pelo menos neste começo, de visar os pilotos mais bem avaliados.

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