Análise
Fórmula 1 GP de Singapura

Como as equipes enfrentaram desafio dos freios em Cingapura

Engenheiros e pilotos tiveram um desafio extra não só por estarem em um circuito de rua, mas com a temperatura e umidade influenciando no rendimento dos dispositivos

Mercedes brake ducts, Singapore GP

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Durante o GP de Cingapura houve um canal permanente entre o pitwall e os pilotos da Mercedes, tendo como principal assunto, os freios. Então, vamos dar uma olhada nas várias soluções e ver se havia alguma razão para as preocupações da equipe.

Mercedes AMG F1 W07 Hybrid, detail front wing

Foto: Giorgio Piola

A Mercedes sofreu na administração de freios e pneus no GP de Cingapura de 2015, chegando ao mesmo circuito neste ano desconfiada sobre a performance do carro.

Com isso, você poderia ter esperado ver uma solução de refrigeração mais agressiva, mas a equipe escolheu um tambor "open-ended" que usou no início da temporada.

Com esta configuração, o calor a ser gerado pelos freios foi disperso imediatamente, permitindo escapar pelo lado de fora da cara da roda, não sendo encapsulado dentro do tambor e usado para ajudar a controlar a temperatura dos freios e pneus.

E a quantidade de ar passada por meio desta condução dos freios para arrefecer os componentes foi relativamente pequeno.

Mercedes brake ducts, Singapore GP
Mercedes freio de dutos, Singapore GP

Foto: Giorgio Piola

Curiosamente, a equipe não usou uma entrada alargada, como vimos em outras corridas nesta temporada, apesar de ter testado esta solução nos treinos de sexta-feira.

Red Bull Racing RB12, brake comparison

Foto: Giorgio Piola

A Red Bull introduziu uma nova solução de tambor de freio na corrida anterior na Itália, mas isso não impediu a equipe de fazer melhorias para os desafios enfrentados em Cingapura.

Uma pequena, mas talvez significante mudança, foi a tubagem exposta, concedendo um espaço criado entre o tambor e o aro, com o fluxo de ar mais fresco.

Isso muda a maneira em que a roda e pneu são aquecidos quando os freios são acionados, com um impacto direto sobre o desempenho e também na degradação ao longo do stint.

Ferrari SF16-H, brakes
Foto: Giorgio Piola

A Ferrari, talvez sempre preparada para ser mais conservadora quando se trata de configuração de freios, também tentou várias soluções de tambor durante os treinos livres.

Enquanto a Mercedes e a Red Bull pareciam sempre ansiosas em reduzir o peso, seja do disco ou pinça, a Ferrari manteve as coisas um pouco mais robustas, abandonando um pouco o desempenho pela confiabilidade e por isso muitas vezes não se viu os carros lutando com esta questão.Brake duct comparison

Foto: Giorgio Piola

Em termos de fluxo de ar por meio dos freios, existem vários caminhos a serem considerados para cada solução.

No entanto, como todos os outros componentes do carro, há de se considerar o impacto aerodinâmico tanto da estrutura, como no fluxo de ar que passa por ele.

A Mercedes poderia parecer que estava sofrendo com as temperaturas desde o início da corrida, mas dada a forma como todas as equipes estiveram em Singapura, ela simplesmente se limitou a lembrar os pilotos de imprimir um bom ritmo saudável para os dispositivos.

Este é apenas mais um exemplo brilhante de como as equipes conseguem ganhar uma corrida de forma mais, mas controlada.

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