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COTA: F1 se arrisca ao diluir fãs dos EUA com prova em Miami

Diretor do Circuito das Américas, Bobby Epstein acredita que nova corrida em Miami pode diluir a base de fãs americanos, mesmo que uma segunda rodada dos EUA possa ser benéfica a longo prazo

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08, battles with Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, ahead of the rest

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W08, battles with Sebastian Vettel, Ferrari SF70H, ahead of the rest

Steve Etherington / Motorsport Images

Com Miami pronta para entrar no calendário de 2019, Bobby Epstein, diretor dos Circuito das Américas (COTA) é cauteloso sobre o impacto dos fãs terem que escolher se vão para lá ou para Austin no ano que vem, o que poderia dividir o público.

Ele cita a experiência de venda de ingressos no COTA sofrendo quando o GP do México chegou e os torcedores claramente escolheram uma ou outra corrida.

Falando ao Motorsport.com sobre o esforço da Liberty Media para adicionar mais corridas nos Estados Unidos, Epstein disse: “Acho que a longo prazo pode ser bom. Mas há um risco. Há claramente um risco de diluir o produto antes que a base de fãs aumente.

“Mas quando a meta de longo prazo é aumentar a base de fãs, é o cenário da galinha ou ovo. Qual vem primeiro? Nos primeiros anos, resta saber se isso é positivo para nós.”

“No primeiro ano, você não aumentou a base de fãs, mas aumentou as opções, então será difícil no começo. Vamos ver como isso nos afeta.”

Otimismo a longo prazo

Epstein acha que, se a corrida de Miami acontecer, será importante que a Liberty se esforce para capitalizar as possibilidades de aumentar o público dos EUA.

Se isso acontecer, então ele acredita que valerá a pena.

"Há centenas de milhões de pessoas na América do Norte, então minha mentalidade é ser otimista", explicou ele.

“Estou certamente um pouco apreensivo, mas muito otimista de que é uma corrida contra o tempo se você pode ou não construir a base de fãs antes que a dor de dividí-los seja um pedágio.

“Queremos que aconteça e queremos rapidamente. E acho que compartilhamos isso com a Liberty.

“Há uma enorme diferença entre uma corrida de rua da experiência dos torcedores, do lado da TV e da competição em autódromo. Esta pista é projetada para competição e sabemos que ela tem muitos pontos de ultrapassagem.

“Quando você consegue um lugar aqui e vê oito ou nove curvas da sua cadeira, você tem uma grande área de entretenimento, é muito diferente da experiência dos torcedores em uma corrida de rua, onde você vê muito menos.”

“Nós nos sentimos bem com a vantagem que temos do lado da venda de ingressos. Das icônicas imagens de TV que Miami oferece, é compreensível que isso funcione.”

Epstein acredita que ter Miami se tornando um grande sucesso ajudaria em termos contratuais também, porque isso poderia abrir a porta para a Liberty concordar em contratos mais lucrativos.

"Esperamos que o modelo de Miami seja muito bem sucedido, para que eles possam implementá-lo com outros promotores", acrescentou Epstein, cujo contrato atual com a Fórmula 1 vai até 2021.

Conflito de datas

As preocupações sobre a corrida de Miami diluindo o público americano aumentam graças à probabilidade de Miami, Austin e México estarem todos próximos no calendário.

Epstein está certo que preferiria que sua corrida fosse separada, mesmo para o começo da primavera, mas está consciente de que, do ponto de vista logístico, tal movimento pode não fazer sentido para o esporte.

"Obviamente, gostaríamos de nos ver separados das outras corridas que competem pelos mesmos fãs, por isso não os forçamos a fazer uma escolha", disse ele.

“Mas logisticamente, isso tem que fazer sentido para todos e é difícil ver uma maneira de contornar. Se você está no lugar da F1 em termos de transporte e logística, é muito mais fácil se você colocar todos próximos. Mas forçar o fã a escolher não é de nenhuma ajuda para ninguém.”

Perguntado se havia preferência em ser perto com o México ou Miami, Epstein disse: "Vamos dizer não... não realmente. Eu só acho que Montreal em junho é legal.

“O outono é uma época muito concorrida na cena esportiva americana quando você está concorrendo com o futebol americano, contra a primavera, onde há muito mais oportunidades de conquistar fãs.”

“A resposta para o que é melhor é uma tarefa impossível, certamente improvável. O que seria de alguma forma mover as corridas dos EUA para a primavera.”

Questionado sobre a junção da corrida com o Canadá em junho, Epstein disse: “Está muito quente. Está muito quente.”

"Fizemos X-Games em junho no passado, mas a melhor época do ano aqui é março, abril, maio, setembro ou outubro."

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