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Defesa de Ricciardo nega existência de dívida de R$ 46 milhões a ex-conselheiro

Documento elaborado pelos advogados do australiano foi analisado pelo Motorsport.com

Daniel Ricciardo, Renault F1 Team

Em meio à polêmica pela cobrança de uma dívida por parte de seu antigo conselheiro na Fórmula 1, o australiano Daniel Ricciardo, da Renault, apresentou sua defesa à alta corte de Londres. E os advogados do piloto negam que ele tenha quebrado o contrato ou que deva qualquer valor a Glenn Beavis, que acusa o piloto de ter deixado de lhe pagar 10 milhões de libras, aproximadamente 46 milhões de reais, relativos a uma suposta comissão de 20% de seu salário na equipe francesa.

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Ricciardo nega enfaticamente qualquer quebra de contrato em sua defesa formal, registrada na corte e examinada pelo Motorsport.com, descartando vários elementos da dívida exigida por Beavis.

A defesa de Ricciardo e da Whitedunes, a empresa dele que gerencia seus interesses comerciais, acrescenta que Beavis só passou a exigir os 20% de comissão após ser informado de que australiano iria deixar de contratar os seus serviços, em dezembro de 2018.

Os advogados alegam ainda que os R$ 46 milhões + acréscimos, são “expressamente contraditórios a dezenas de e-mails trocados entre as partes”, antes e depois da assinatura do contrato mais recente entre as partes, em meados de 2015.

No documento de 16 páginas, a defesa faz 41 referências a elementos que Beavis alega terem sido “negados” a ele e três referências a “detalhes vagos e embaraçosos”, citando duas “instruções” pouco específicas da Whitedunes e mais uma em resposta à afirmação de que Beavis teria dado início a “numerosos acordos” que foram cancelados ou que não foram concluídos.

A única comissão de 20% admitida pela defesa diz respeito a Ricciardo ter indicado que estaria disposto a pagar essa taxa em relação a patrocínios e acordos comerciais, e que isso seria feito em acordos específicos.

“Todas as tentativas foram expressamente rejeitadas”

O ponto principal é que Beavis afirma ter feito um contrato com Ricciardo em 2015, que lhe daria direito a um pagamento mensal de R$ 76 mil por mês e mais um adicional de 20% de comissão sobre as receitas de Ricciardo.

A defesa afirma que no contrato assinado em 2015, o pagamento desses 20% jamais foram discutidos e que caso a acusação consiga estabelecer algum vínculo nesse percentual, isto diria respeito única e exclusivamente à contratos específicos de patrocínio ou publicidade.

A defesa afirma que eu uma reunião realizada em 2015, Ricciardo teria afirmado que ficaria feliz em pagar 20%, caso o representante trouxesse novos contratos de patrocínio ou de publicidade à mesa, mas que isso não se aplica a contratos de trabalho como piloto de automobilismo.

A transferência para a Renault é o ponto chave. Ricciardo assinou um contrato o time francês em agosto de 2018. Beavis alega que ele foi o responsável por iniciar as conversas com o chefe da Renault, Cyril Abiteboul. No entanto, a defesa afirma que a pessoa responsável pelas primeiras discussões foi o pai de Ricciardo.

E a defesa afirma ainda que contratos de trabalho relacionadas ao automobilismo estariam de fora das definições de “negócios” que Beavis teria direito a comissões, enfatizando que as taxas só seriam devidas para acordos de publicidade e patrocínio.

Por fim, a defesa afirma que em Agosto do ano passado, Beavis propôs a Ricciardo o pagamento de 15% de comissão sobre as receitas de Ricciardo, e que a resposta do australiano foi dada em dezembro, quando ele optou por deixar de contar com os serviços de Beavis.

Posteriormente as partes concordaram que Beavis permaneceria prestando serviços à  Ricciardo até que a documentação da transferência para a Renault estivesse concluída, o que aconteceu em março deste ano.

Detalhes da defesa

Beavis afirma que ele recebeu um relógio Rolex em 2017 e uma comissão de 20% sobre o valor de um contrato com a BPS Healthcare em 2018 e que esses seriam elementos que provam que existia um acordo de pagamento sobre as receitas do australiano.

A defesa diz que o relógio e o pagamento não estão relacionados ao pagamento de obrigações pré-acordadas e que não existe conexão entre pagamentos relacionados a publicidade patrocínios e a comissão exigida sobre as receitas provenientes do contrato dele com a Renault.

Por fim, a defesa afirma que não existe base legal para a cobrança dos R$ 46 milhões, nem para quaisquer acréscimos a este valor, bem como quaisquer ganhos futuros do australiano e nega que tenha quebrado qualquer acordo com Beavis e exige que ele apresente provas legítimas de qualquer alegação que faça.

Daniel Ricciardo, Renault F1 Team, on the grid

Daniel Ricciardo, Renault F1 Team, on the grid

Photo by: Zak Mauger / LAT Images

A transferência para a Renault é o ponto chave

Ricciardo assinou um contrato com a Renault em agosto de 2018. Beavis alega que ele foi o responsável por iniciar as conversas com o chefe da Renault, Cyril Abiteboul. No entanto, a defesa afirma que a pessoa responsável pelas primeiras discussões foi o pai de Ricciardo.

E a defesa afirma ainda que contratos de trabalho relacionadas ao automobilismo estariam de fora das definições de “negócios” que Beavis teria direito a comissões, enfatizando que as taxas só seriam devidas para acordos de publicidade e patrocínio.

Por fim, a defesa afirma que em Agosto do ano passado, Beavis propôs a Ricciardo o pagamento de 15% de comissão sobre as receitas de Ricciardo, e que a resposta do australiano foi dada em dezembro, quando ele optou por deixar de contar com os serviços de Beavis.

Posteriormente as partes concordaram que Beavis permaneceria prestando serviços à  Ricciardo até que a documentação da transferência para a Renault estivesse concluída, o que aconteceu em março deste ano.

Detalhes da defesa

Beavis afirma que ele recebeu um relógio Rolex em 2017 e uma comissão de 20% sobre o valor de um contrato com a BPS Healthcare em 2018, e que esses seriam elementos que provam que existia um acordo de pagamento sobre as receitas do australiano.

A defesa diz que o relógio e o pagamento não estão relacionados ao pagamento de obrigações pré-acordadas e que não existe conexão entre pagamentos relacionados a publicidade patrocínios e a comissão exigida sobre as receitas provenientes do contrato dele com a Renault.

Por fim, a defesa afirma que não existe base legal para a cobrança dos R$ 46 milhões, nem para quaisquer acréscimos a este valor, bem como quaisquer ganhos futuros do australiano e nega que tenha quebrado qualquer acordo com Beavis e exige que ele apresente provas legítimas de qualquer alegação que faça.

Vencedor de 'provas difíceis'

Vencedor de sete corridas pela Red Bull entre 2014 e 2018, o sorridente australiano ficou marcado não apenas por seu carisma mas também por sua precisão nas ultrapassagens e pelas vitórias em 'corridas difíceis'. Relembre os triunfos de Ricciardo:

GP do Canadá de 2014
A primeira vitória da carreira de Ricciardo veio após um acidente envolvendo Felipe Massa e Sergio Pérez.
GP do Canadá de 2014
Isso fez com que o australiano recebesse a bandeira quadriculada atrás do safety car.
GP do Canadá de 2014
O alemão Nico Rosberg chegou em segundo com a Mercedes, enquanto Sebastian Vettel completou o pódio em sua última temporada na Red Bull.
GP da Hungria de 2014
A segunda vitória da carreira de Ricciardo começou com a pista molhada e o grid largando com pneus intermediários.
GP da Hungria de 2014
O safety car esteve presente por duas vezes e o australiano superou Fernando Alonso para a vitória faltando apenas duas voltas para o fim.
GP da Bélgica 2014
A prova foi a seguinte à etapa da Hungria.
GP da Bélgica de 2014
Ricciardo aproveitou a controvérsia entre a dupla da Mercedes, Lewis Hamilton e Nico Rosberg...
GP da Bélgica de 2014
...que bateram na volta 2, furando um pneu do inglês e danificando a asa dianteira do alemão.
GP da Malásia de 2016
A corrida maluca teve acidente envolvendo Sebastian Vettel e Nico Rosberg logo no início...
GP da Malásia de 2016
... uma grande batalha entre Ricciardo e Verstappen e a falha do motor da Mercedes de Lewis Hamilton, dando o triunfo ao australiano.
GP do Azerbaijão de 2017
Considerada a melhor corrida de 2017, a prova foi marcada pelo "encontro" entre Sebastian Vettel na traseira de Lewis Hamilton na pista.
GP do Azerbaijão de 2017
Lance Stroll foi a grande surpresa, dividindo a linha de chegada com Valtteri Bottas pela 2ª posição.
GP da China de 2018
A vitória de Ricciardo no domingo também foi agitada, com a presença do safety car e a mudança de estratégia da Red Bull, fazendo seus pilotos pararem para a colocação de novos pneus.
GP da China de 2018
O australiano escalou o pelotão e superou Bottas para a vitória próximo ao fim da prova.
GP da China de 2018
Os finlandeses Valtteri Bottas e Kimi Raikkonen completaram o pódio.
GP de Mônaco de 2018
Ricciardo cravou a pole em Monte Carlo, superando Vettel e Hamilton.
GP de Mônaco de 2018
O australiano manteve a ponta após a largada, mas enfrentou dificuldades em seu carro. No braço, Ricciardo segurou Vettel e depois reabriu vantagem para vencer no Principado.
GP de Mônaco de 2018
A comemoração foi marcada pela sorridente presença do simpático piloto numa piscina de Mônaco ao lado de toda a equipe.
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