Ex-presidente, Montezemolo critica Ferrari: "Esta temporada está perdida"
Luca di Montezemolo falou sobre a situação da equipe em programa de rádio italiano
O ex-presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, nunca teve papas na língua e, na segunda-feira, comentou à sua maneira o início ruim da Scuderia na temporada 2020 da Fórmula 1, devido à performance do SF1000, e admitiu que adoraria voltar à Maranello.
A Ferrari terminou este domingo na Hungria com os dois carros cruzando a linha de chegada, porém, Sebastian Vettel, sexto, foi o único que pontuou, enquanto Charles Leclerc foi apenas o 11º, sendo derrotado por seu futuro companheiro de equipe, Carlos Sainz.
"Ferrari? Eu voltaria à Maranello ontem, mas não tenho chances", disse ele ao programa La Politica nel Pallone, da emissora italiana Gr Parliament. "Precisamos ter a coragem de desistir desta temporada, mas estou muito preocupado com a próxima: a administração da Ferrari deve tomar decisões corajosas".
Para o ex-presidente da montadora, os problemas não vêm tanto de um carro errado, mas da estrutura da Gestão Esportiva.
"O problema de hoje vem da organização. Agora, há uma única única pessoa jovem com muitas responsabilidades sobre seus ombros. Mattia Binotto está sozinho e ainda precisa gerenciar os pilotos. Acho que é demais falar sobre refazer a equipe, mas é necessário entrar na organização o mais rápido possível".
"E se o carro não melhorar significativamente, o próximo ano será muito pior. Alguém tem que ter a coragem de dizer que esta temporada está perdida, porque 2021 e 2022 também está em jogo. Estou muito preocupado".
Além disso, Montezemolo também discorda de como Vettel e Leclerc foram gerenciados nos últimos meses.
"Honestamente, eu nunca teria anunciado a despedida de Vettel tão cedo. Teria segurado a decisão um pouco mais, porque agora a pressão sobre Leclerc é grande. Não vamos esquecer que ele é muito jovem, só chegou à Ferrari no ano passado e ainda não venceu nada".
De fato, Montezemolo chegou a dar uma bronca em Binotto por ter escolhido Leclerc como o piloto número 1 da equipe tão rápido.
"Hoje não é fácil manter dois números um e foi uma boa escolha ter apenas um, mas eu teria esperado para anunciar. Com quem Leclerc se parece? É muito difícil de dizer, não o segui de perto".
"De qualquer forma, o problema com a Ferrari não está nos pilotos, mas em um carro que está longe de ser competitivo. Não acho que um bico ou uma aleta ajudarão a melhorar. Há uma corrida por semana ou no máximo a cada 15 dias e, com essa organização, acho difícil desenvolver o carro ou pensar no futuro. É um momento muito delicado".
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