F1: Alfa Romeo vê destruição do santantônio como foco da investigação sobre acidente de Zhou

Piloto se acidentou ainda na primeira volta da corrida, ficando de cabeça para baixo e com o carro preso entre a grade e a barreira protetora de pneus

Marshals remove the damaged car of Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42

Marshals remove the damaged car of Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42

Steven Tee / Motorsport Images

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Como parte da busca interminável por segurança aprimorada, a FIA analisa os detalhes de cada grande acidente para entender melhor os fatores que funcionaram conforme o planejado e as áreas onde, talvez, melhorias possam ser feitas. O mesmo procedimento será realizado após a forte batida de Zhou Guanyu no GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1.

Um dos aspectos do incidente de Zhou, que provavelmente será analisado de perto, será o que aconteceu com o santantônio do C42. Imagens do carro depois do acidente mostram que ele não resistiu ao impacto.

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Fotos e vídeos do acidente de Zhou indicam que o aro não resistiu ao capotamento e que foi o halo e as outras estruturas de segurança ao redor que impediram que a cabeça do piloto batesse no chão.

O acidente de Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42 no começo da prova

O acidente de Zhou Guanyu, Alfa Romeo C42 no começo da prova

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

O que a FIA vai querer entender melhor é: quais forças estavam em jogo, a escala e o número de impactos que o santantônio sofreu durante as sequências do acidente.

Um fator que se destaca, é que a Alfa Romeo é a única do grid, em 2022, que usa uma estrutura do aro no estilo lâmina (veja abaixo) — cujo conceito varia em seu uso ao longo dos anos.

Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42, in the garage

Valtteri Bottas, Alfa Romeo C42, in the garage

Photo by: Jerry Andre / Motorsport Images

A Alfa Romeo voltou a usar o estilo lâmina neste ano, não utilizando em 2019, um ano após o halo ter sido introduzido pela primeira vez. Um dos seus concorrentes de 2017 e 2018 também. Antes disso, o estilo lâmina foi utilizado pela Mercedes em 2010, além da Force India e da Lotus Racing em 2011.

Comparação da entrada de ar da Mercedes

Comparação da entrada de ar da Mercedes

Photo by: Giorgio Piola

Comparação de sidepods do VJM04 da Force India

Comparação de sidepods do VJM04 da Force India

Photo by: Giorgio Piola

A chegada da solução da Mercedes em 2010 levou à ação da FIA, em meio a preocupações de que, por ser uma estrutura estreita, ela poderia afundar no chão em uma superfície macia se o impacto fosse no lugar errado.

Como consequência, todos os projetos que se seguiram tiveram que ter uma lâmina muito mais larga para cumprir os regulamentos.

Dadas as circunstâncias, a escolha da estrutura em lâmina se sobressaiu em relação à tradicional devido a dois fatores: ganhos aerodinâmicos e peso. E é o último que, obviamente, é um fator significativo para as equipes que lutaram para reduzir a maior parte de seus carros em 2022.

No caso do incidente mais recente, a FIA terá acesso a sensores de força G, dados de telemetria e as peças reais do carro para entender completamente quais fatores estavam em jogo e se a estrutura do estilo em lâmina teve um desempenho diferente em relação ao que um aro regular faria.

É importante esclarecer que o design usado pela Alfa Romeo passou nos testes de colisão exigidos pela FIA.

Teste com santantônio

Teste com santantônio

Photo by: Giorgio Piola

Os requisitos da estrutura primária de capotagem incluem suportar cargas equivalentes a 60kN lateralmente, 70kN longitudinalmente e 105kN verticalmente. Todas as equipes têm que passar pelos testes de colisão antes que seus carros sejam liberados para pista.

Uma das questões com o incidente de Zhou é que se trata de um cenário composto de impactos múltiplos e diferentes.

O santantônio sofreu uma carga significativa na direção vertical, pois o carro caiu de cabeça para baixo. Então, isso foi seguido por uma carga longitudinal contínua à medida que derrapava ao longo da pista.

Pode-se argumentar, portanto, que ele fez seu trabalho completamente em primeira instância, com a natureza do acidente mudando mais para a dependência do halo posteriormente.

Um aspecto que pode ser considerado para melhoria é a forma como os aros são ligados ao chassi e este é um elemento importante para definir sua presença, e uso, em uma colisão de múltiplos impactos.

Alfa Romeo C42 of Zhou Guanyu after his crash

Alfa Romeo C42 of Zhou Guanyu after his crash

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

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