Análise
Fórmula 1 GP da Emilia Romagna

F1: Batida de Sainz em Ímola revela "segredos" do assoalho da Ferrari; entenda

Na nova era técnica da F1, o assoalho se torna uma das áreas mais importantes do carro, devido ao retorno do efeito solo

Marshals load the car of Carlos Sainz Jr., Ferrari F1-75, onto a truck

O acidente de Carlos Sainz na classificação para o GP da Emilia Romagna de Fórmula 1 permitiu ao fotógrafo Mark Sutton revelar os segredos da Ferrari F1-75 enquanto estava sendo carregada pelo guincho.

As imagens mostram alguns detalhes que a equipe tentava manter escondida da competição. É interessante notas o desenho inferior do bico, que simula a presença de palhetas giratórias, proibidas pelo regulamento deste ano.

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É interessante notar que essa proibição sob o bico e o interior do corpo aguçou a imaginação do time de aerodinâmica em Maranello, que acharam adequado projetar a parte inferior do bico com uma quilha que fica próximo às câmaras, justamente para "simular" a função dos desviadores de fluxo que estavam presentes até o ano passado.

Ferrari F1-75: ecco la rossa vista dal di sotto che mostra i suoi segreti gelosamente tenuti nascosti

Ferrari F1-75: ecco la rossa vista dal di sotto che mostra i suoi segreti gelosamente tenuti nascosti

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

O desenho inferior do quadro usa uma forma de lágrima na lateral, na qual é possível observar a tendência do assoalho com dois túneis Venturi, que servem para produzir quase 60% do downforce do carro. 

A imagem mostra qual foi a filosofia adotada pela Ferrari ao dispor os quatro transportadores de fluxo permitidos pelo regulamento inseridos sobre a borda dos túneis, para maximizar a vazão, garantindo um bom enchimento de ar.

Ferrari F1-75: il flap sopra lo splitter anteriore e la forma del telaio a ogiva visto da sotto

Ferrari F1-75: il flap sopra lo splitter anteriore e la forma del telaio a ogiva visto da sotto

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

Em detalhe, a aba adicional acima do divisor dianteiro também não é algo único, sendo uma solução copiada pela Aston Martin em Ímola, algo que também foi adotado pela Red Bull.

A expansão do fluxo graças ao extrator é marcante na traseira: ter uma caixa de câmbio muito estreita permitir que o carro tivesse túneis muito largos perto do "cotovelo", depois que o túnel se transforma no difusor.

Ferrari F1-75: ecco l'estrattore visto dal basso

Ferrari F1-75: ecco l'estrattore visto dal basso

Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images

No fim da placa de madeira, é possível ver três pequenos geradores de vórtices de cada lado, que são usados para a turbulência do ar na área central.

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