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F1: Congelar desenvolvimento de motores pode ser próximo passo para reduzir gastos

Categoria pode tomar decisão de modo emergencial caso seja necessário redução mais dramática de gastos para salvar equipes

Valtteri Bottas, Mercedes F1 W11, leads Charles Leclerc, Ferrari SF1000

Com a pandemia do Covid-19 causando um grande impacto financeiro em todos os envolvidos com o esporte, já estão sendo feitas discussões entre as equipes, a FIA e os chefes da Fórmula 1 sobre como que os gastos podem ser reduzidos ainda mais no futuro.

Várias medidas já foram tomadas, entre elas o adiamento do novo pacote técnico para 2022 e manutenção dos carros deste ano para o próximo. Mas, em meio à possibilidade do aperto financeiro não chegar ao fim logo, outros tópicos estão sendo debatidos como medidas extras para serem tomadas caso necessário.

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Uma área em consideração é uma redução do teto orçamentário, que atualmente é de 175 milhões de dólares (cerca de 920 milhões de reais), que será introduzido no início do próximo ano.

Porém, há preocupações com a possibilidade de que reduzir o teto em 25 milhões de dólares afetará somente as três equipes da frente, e pode forçar a uma redundância em um momento em que os funcionários dispensados podem ter problemas para conseguir novos empregos.

Outra possibilidade considerada é a de limitar o desenvolvimento do motor ao congelar as unidades atuais, algo que pode durar por vários anos. Isso diminuiria dramaticamente os custos e potencialmente pode ajudar as equipes-clientes, que teriam uma redução no valor de compra.

Discussões sobre essas e outras ideias - incluindo passar o novo regulamento para 2023 - continuarão sendo realizadas durante a crise do coronavírus. Porém, sabe-se que há um consenso entre as equipes que é melhor tomar decisões que ajudem todo o grid ao invés de outras que podem beneficiar apenas equipes específicas.

Recentemente, a Mercedes aprovou um plano que mantém a proibição de seu novo Sistema de Direção de Eixo Duplo, apesar de ser a única equipe com equipamento do tipo, enquanto a Ferrari apoiou o adiamento do novo pacote, apesar de estar em desvantagem com o carro atual em relação à suas rivais.

Confira como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina, Espanha e França também foram suspensas, com adiamento. No momento, o GP da Itália é o primeiro da temporada.
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado. No momento, o GP do Canadá está marcado para ser o primeiro da temporada, no meio de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022. Mas, segundo Christian Horner, há um movimento para adiar em mais um ano, para 2023, em preparação ao impacto que o Covid-19 terá na economia mundial
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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