F1: Diretor de provas rebate pilotos e não vê necessidade de grandes mudanças em Jeddah

Segundo Michael Masi, apenas "ajustes finos" serão feitos para corrida de 2022; competidores criticaram pontos cegos em curvas de alta velocidade

Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C41, Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, and Sebastian Vettel, Aston Martin AMR21

Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C41, Carlos Sainz Jr., Ferrari SF21, and Sebastian Vettel, Aston Martin AMR21

Charles Coates / Motorsport Images

Vários pilotos da Fórmula 1 pediram mudanças no circuito de Jeddah após o surgimento de preocupações com a segurança durante o fim de semana do GP da Arábia Saudita. No entanto, o diretor de provas da FIA, Michael Masi, antecipa que apenas "ajustes finos" serão necessários antes do próximo evento na pista em março.

Os competidores fizeram ressalvas principalmente sobre a falta de visibilidade de problemas potenciais à frente nas muitas curvas planas, com alguns questionamentos por que o projeto do traçado não apresentava mais retas.

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O diretor da GPDA (em inglês: Associação de Pilotos de GP), George Russell, argumentou que as curvas rápidas criaram "riscos desnecessários", embora não representassem um desafio, e outros concordaram com seus pensamentos.

"Não sei quais são as limitações da construção, porque deve haver uma razão para as retas estarem virando assim", disse o francês da AlpineEsteban Ocon. "Para nós é plano, então não faz diferença. O problema é o ponto cego, onde não podemos ver se um carro parado é um problema na frente ou o que quer que seja. Então, pode haver um acidente enorme."

O piloto de Enstone disse que gostou da primeira parte da pista, mas acrescentou: "Acho que devemos basicamente tornar retas os lugares que não são e poderiam ser. Não faria diferença na ultrapassagem e no traçado em si porque as curvas principais permaneceriam, mas ajudaria muito no aspecto de segurança".

"Teríamos menos preocupação com os carros sob bandeira amarela. A cada volta que fiz nos treinos, havia uma sinalização, então eu não sabia o que iria encontrar."

Lando Norris, da McLaren, foi outro a questionar porque a pista tinha que ser tão rápida: "Para um circuito de rua, eu não acho que precisa ter esta velocidade. Acho que os carros de F1 que temos e as velocidades que temos hoje em dia não precisam ser exatamente assim."

Lando Norris, McLaren MCL35M, Esteban Ocon, Alpine A521, andPierre Gasly, AlphaTauri AT02, and Daniel Ricciardo, McLaren MCL35M

Lando Norris, McLaren MCL35M, Esteban Ocon, Alpine A521, andPierre Gasly, AlphaTauri AT02, and Daniel Ricciardo, McLaren MCL35M

Photo by: Sam Bloxham / Motorsport Images

"Você pode ter o efeito de um circuito de rua e assim por diante, mas eles precisam perceber se estamos fazendo 250/300 km/h e há uma parede daqui para lá, é um pouco inútil do meu ponto de vista arriscar esse tipo de coisa."

"Isso não é necessário. Há apenas algumas dessas curvas mais rápidas que acho que podem ser ligeiramente alteradas."

A FIA sempre analisa os circuitos após os finais de semana de corrida, mas Masi não espera grandes mudanças: "Acho que aqui na Arábia Saudita eles fizeram um trabalho brilhante de montar essas instalações incríveis em tão pouco tempo, o que é um crédito para todos os envolvidos".

"Há alguns ajustes, que acontecerão em todo traçado. Houve alguns problemas iniciais, sendo um evento totalmente novo em todos os aspectos. Não modificaremos nada de uma forma importante do que eu imagino aqui e agora."

Os chefes de equipe reconheceram as preocupações de seus pilotos, mas não chegaram a criticar o local.

"A primeira vez que caminhei em Baku estava trabalhando para a FIA", disse Marcin Budkowski, da Alpine. "Em uma quarta-feira, fui ao escritório de Charlie [Whiting] e disse, 'Você tem certeza sobre isso, Charlie? Você moderou isso'. Tive um pouco da mesma sensação na noite de quinta. Acho que está tudo bem, há algumas curvas que são um pouco complicadas, mas isso é algo que pode ser analisado em 2022/23."

"Você pode falar sobre isso com o piloto após o fim de semana, você realmente não pergunta se ele se sente seguro antes da corrida, essa não é realmente a melhor coisa a fazer. É certamente uma pista desafiadora."

"Quando você os escuta fazendo voltas rápidas aqui, fica claro que há certo risco envolvido também com as paredes sendo tão próximas e com o layout da pista", disse Andreas Seidl, da McLaren. "Ainda acho que é um risco administrável, para ser sincero. Claro, como o Lando também disse, quando acontecer um grande acidente, todos discutiremos de forma diferente."

"No entanto, no final das contas, o que vimos neste fim de semana foi bem administrado pelas equipes, pelos pilotos e pela FIA."

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