Fórmula 1 GP da França

F1: Pirelli afirma que Red Bull e Aston Martin usaram pneus com pressão baixa em Baku, mas isenta equipes

Mario Isola, chefe da Pirelli na F1, afirmou que um vácuo no regulamento permite que equipes tenham pressão menor nos pneus durante a corrida

Max Verstappen, Red Bull Racing RB16B, Sergio Perez, Red Bull Racing RB16B

A Pirelli afirmou na quinta-feira (18) que a Red Bull e a Aston Martin usaram pneus com pressões mais baixas do que a indicada pela empresa durante o GP do Azerbaijão, mas que isso não representava uma quebra do regulamento da Fórmula 1.

Enquanto a Pirelli vinha adotando uma abordagem enigmática sobre a investigação dos estouros dos pneus de Max Verstappen e Lance Stroll em Baku, agora a empresa italiana elaborou melhor sobre as origens dos incidentes.

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E enquanto a Pirelli confirmou que tanto Red Bull quanto Aston Martin seguiram o regulamento, com a pressão mínima para a largada e temperatura máxima dos cobertores, ela também afirmou que as coisas mudaram assim que os carros começaram a andar.

Tradicionalmente, a Pirelli determina uma pressão de largada baseada na expectativa de que a pressão aumentará assim que os pneus chegarem à pista. Porém, parece que os pneus de Aston e Red Bull não tiveram tal aumento de pressão, portanto, andando com um nível mais baixo que o esperado.

Ao andar abaixo do determinado pela Pirelli, as forças causadas pelas curvas de alta de Baku foram suficientes para ativar a falha no lado interno dos pneus traseiros esquerdos.

Falando com a imprensa em Paul Ricard, o chefe de operações da Pirelli na F1, Mario Isola, confirmou que ambas as equipes tinham pneus abaixo do esperado pela marca.

"O que aconteceu em Baku é simplesmente que as condições de corrida esperadas foram diferentes das condições reais, e isso criou a falha. Quando você tem muita energia nos pneus, com a pressão menor que a esperada, o resultado é que cria-se na parede o que chamamos de ondas".

"Essas ondas colocam muita energia no lado interno do pneu. E em certo ponto, o pneu falha. Foi isso que aconteceu, foi isso que tivemos em Baku.

Isola disse que o caso não pode ser reduzido apenas às pressões de pneus das equipes estando abaixo que o esperado. Outro fator que contribuiu foi a previsão da Pirelli para a performance do carro no fim de semana, baseado nos dados fornecidos pelas equipes, que não condiziam com a realidade da pista.

"Quando preparamos o parâmetro [de pressão mínima], recebemos as simulações e consideramos as margens. As cargas esperadas, o downforce ou a velocidade, são simuladas, então não é o valor exato que temos na pista. E esse foi o caso em Baku, encontramos alguns parâmetros que não eram exatamente o que vimos na pista".

"Assumimos que eles estão correndo em uma certa pressão e certa cambagem. E com uma margem, claro, simulamos uma condição que seja ok para o pneu".

"Neste caso, não atingimos essas condições, não porque as equipes estavam fazendo algo contra o regulamento, mas porque eles pareciam estar normais para a performance, e isso criou um cenário diferente do esperado. E esse cenário foi de termos os pneus com uma pressão mais baixa do que o esperado".

Lance Stroll, Aston Martin AMR21

Lance Stroll, Aston Martin AMR21

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Isola disse que as equipes não fizeram nada contra o regulamento porque não há uma pressão mínima de corrida que precisa ser cumprida. Mas isso mudará no próximo ano, quando as equipes terão um sensor padrão de pressão como parte da nova era da F1.

"Se o regulamento não está escrito com relação a uma pressão nas corridas que você precisa respeitar, não posso dizer que elas fizeram algo contra o regulamento em busca de mais performance".

"Se eles respeitaram a pressão de largada, estão cumprindo o regulamento. Se o mesmo acontecer no próximo ano, quando nós, com o sensor, impormos uma pressão de corrida, aí eles estarão quebrando as regras. Mas isso não vale neste ano".

Isola disse que não foi uma surpresa que as equipes estão buscando as margens da pressão dos pneus, sugerindo que a diferença entre os carros em Baku era de mais de um Psi.

"Cada equipe está em busca de performance. Eles estão aqui correndo, não estão para passear na pista. E isso significa que, buscando por performance, sabemos que se você correr com uma pressão um pouco mais baixa, garante mais performance".

Apesar de suspeitas sobre as equipes manipularem a pressão em corridas recentes, Isola disse que Baku foi a primeira vez em que tiveram dados concretos sobre isso.

"Checamos sempre os parâmetros de corrida quando recebemos os dados de telemetria da corrida. Checamos tudo de todas as equipes, porque também serve como indicação para os parâmetros da próxima corrida"

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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