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F1 pode estender paralisação das fábricas por causa de coronavírus

Chefe da Alfa Romeo, Fred Vasseur, explica que equipes e categoria devem decidir por mais tempo de fábricas fechadas enquanto houver incertezas sobre pandemia de coronavírus

Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C39

Foto de: Glenn Dunbar / Motorsport Images

A Fórmula 1 poderá aumentar o período de fechamento das fábricas por mais semanas, em uma tentativa de ajudar a manter os custos sob controle, enquanto o início da temporada não é definido.

A pandemia de coronavírus levou as oito primeiras corridas da temporada a serem adiadas ou canceladas, embora a primeira corrida programada, no Canadá no dia 14 de junho, esteja longe de estar certa.

A brecha no calendário, levou a F1 a antecipar as férias de verão, em uma tentativa de ajudar a liberar datas para que as corridas possam ser repostas.

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Mas com uma lacuna ainda longa para o início da temporada, e as equipes enfrentando dores de cabeça por causa da falta de corridas, uma opção considerada é estender as paralisações das fábricas.

O diretor da Alfa Romeo, Fred Vasseur, disse que esse movimento seria motivado por razões de custo.

"Temos a possibilidade de estender o fechamento", disse ele ao Motorsport.com. "Uma das decisões para reduzir drasticamente os custos pode ser estender a paralisação."

Vasseur disse que não há pressa no momento de decidir o que fazer, com o atual período de paralisação até o final de abril e as equipes tendo que fechar por 21 dias consecutivos durante esse período.

"O dia a dia é mais ou menos o mesmo que nas férias de verão, porque não temos permissão para trabalhar, exceto a área de comunicação e para outros funcionários seniores", disse ele.

“Mas toda a equipe técnica não pode trabalhar pelas próximas três semanas, o que significa até meados de abril.”

"Espero que nessa época tenhamos uma melhor visão da situação pelo resto do ano e que possamos tomar decisões.”

Vasseur elogiou o fato de as equipes estarem trabalhado juntas para tentar fazer o que é melhor para o esporte em meio às difíceis circunstâncias atuais.

"Acho que é um aspecto positivo da crise, estamos trabalhando mais juntos e seremos mais fortes juntos", explicou.

"E temos que trabalhar juntos para tentar vencer essa situação, salvar a temporada se for possível e fazer o máximo de corridas possível. Não é fácil.”

“A cada dia temos mais novidades, novas preocupações. O mais importante é ser flexível e trabalhar em grupo. E nem sempre isso foi o primeiro ativo da Fórmula 1.”

Veja como o coronavírus tem afetado o calendário do esporte a motor pelo mundo

Uma das primeiras aparições do coronavírus no esporte a motor veio com o adiamento da etapa de Sanya, da Fórmula E.
A Fórmula 1 adiou o GP da China pelo mesmo motivo.
Com o crescente aumento de casos do Covid-19, o GP do Bahrein chegou a ser confirmado, mas sem presença de público.
A MotoGP, a maior categoria das duas rodas do mundo, chegou a realizar a primeira etapa no Catar, mas apenas com a Moto2 e Moto3.
Mais tarde, as etapas da Tailândia, Estados Unidos, Argentina e Espanha também foram suspensas, com adiamento. No momento, o GP da França é o primeiro da temporada. Mas o multicampeão Valentino Rossi acredita que as etapas de França e Itália dificilmente serão realizadas na data inicial
A Fórmula E anunciou a suspensão da temporada por dois meses: os ePrix de Paris e Seul foram suspensos.
O GP da Austrália de F1 estava previsto para acontecer, com presença de público e tudo.
Um funcionário da McLaren testou positivo para o Covid-19 e a equipe decidiu não participar do evento.
Lewis Hamilton criticou a decisão da categoria, dizendo que era chocante todos estarem ali para fazer uma corrida em meio à crise do coronavírus.
Após braço de ferro político entre equipes e categoria, a decisão de cancelar o GP da Austrália veio faltando cerca de três horas para a entrada do primeiro carro na pista para o primeiro treino livre.
Pouco tempo depois, os GPs do Bahrein e Vietnã também foram adiados.
Os GPs da Holanda e Espanha também foram postergados.
Uma das jóias da Tríplice Coroa, o GP de Mônaco, foi cancelado. Poucos dias depois, o GP do Azerbaijão também foi adiado. No momento, o GP do Canadá está marcado para ser o primeiro da temporada, no meio de junho
Para atenuar os efeitos de tantas mudanças no calendário, a F1 decidiu antecipar as férias de verão.
Além disso, FIA e F1 concordaram em introduzir o novo pacote de regulamentos que entrariam no próximo ano, a partir de 2022
Acompanhando a F1, a F2 e F3 também anunciaram suas primeiras provas como adiadas.
Outras categorias e provas nobres do calendário do automobilismo mundial também foram prejudicadas pelo coronavírus.
As 24 Horas de Le Mans foi adiada para 19 de setembro.
A etapa conjunta entre WEC e IMSA em Sebring foi cancelada.
O tradicional TT da Ilha de Man foi cancelado.
A Indy suspendeu as primeiras corridas em St Pete, Alabama, Long Beach e Austin.
Na teoria, o campeonato de 2020 começa com o GP de Indianápolis, no circuito misto do Indianapolis Motor Speedway.
Ainda não há nada definido sobre as 500 Milhas de Indianápolis.
Na NASCAR, a maior categoria do automobilismo dos EUA, foram realizadas as primeiras quatro provas, mas as atividades só voltarão a partir de 3 de maio, com a etapa de Martinsville no dia 9.
No Brasil, a CBA suspendeu as atividades no país por tempo indeterminado.
A Stock teve que adiar a abertura do campeonato, com a Corrida de Duplas. Etapas do Velopark e Londrina também foram adiadas.
A Porsche Cup realizou apenas sua primeira etapa em Interlagos e aguarda novas diretrizes para retomar o campeonato.
Endurance Brasil, Copa Truck, entre outras competições, também estão paralisadas.
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