F1: Wolff dá receita contra desinteresse de fãs por causa de domínio da Red Bull

Corridas como GP do Catar deste ano e melhor trabalho dos rivais de Max Verstappen e cia. são destacados por chefe da Mercedes

Max Verstappen, Red Bull Racing leads at the start

Foto de: Red Bull Content Pool

O chefe da Mercedes, Toto Wolff, acredita que a Fórmula 1 precisa de mais corridas “pé embaixo”, como o GP do Catar de 2023, em meio a preocupações de que a falta de ultrapassagens e espetáculo continue na próxima temporada.

Os pilotos têm reclamado cada vez mais da necessidade de controlar o superaquecimento dos pneus Pirelli, com a borracha propensa ao desgaste térmico, o que os obriga a diminuir o ritmo em busca de ar mais fresco.

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A Pirelli está ciente de um problema que diz dever-se ao fato de as equipes desenvolverem a aerodinâmica de seus novos carros de efeito solo muito mais do que o previsto. Embora esteja investigando a alteração do composto, a pesquisa e a construção necessárias significam que quaisquer pneus novos poderão não aparecer até 2025.

Dado que as equipes agora estão focadas na evolução de seus carros para 2024, há preocupações de que ‘trens’ de DRS em procissão possam perseguir a F1 e prejudicar ainda mais o espetáculo na próxima temporada.

Wolff acredita que a solução é perseguir corridas mais “pé embaixo”, como o GP do Catar, em outubro, em que foram obrigatórias paradas após 18 voltas por questões relacionadas aos pneus.

Questionado pelo Motorsport.com sobre suas preocupações, o austríaco respondeu: “Eu não veria isso de forma negativa aqui em novembro, em Abu Dhabi. Temos que esperar e ver o que acontece no Bahrein no próximo ano e como a temporada vai se desenrolar.”

“Vamos esperar para ver como vai acontecer, e acho que vamos ver como os pneus Pirelli vão se comportar nos carros do próximo ano. Mas, no final, quando você olha, as ultrapassagens pioraram.”

"É tudo uma questão de gerenciamento térmico. Então, eu gostaria de ter corridas como no Catar, em que você simplesmente vai a todo vapor."

Pirelli tyres preparation

Photo by: Erik Junius

Pirelli tyres preparation

O chefe do automobilismo da Pirelli, Mario Isola, alertou contra a criação de um pneu muito durável. Ele prevê que os pilotos irão acelerar a 100% em corridas inteiras, o que significa que não haverá brigas que levem a ultrapassagens.

Isola acrescentou: “Precisamos aproveitar o momento certo para discutir isso adequadamente, envolvendo as equipes e seus estrategistas, porque quando você muda, por exemplo, o nível de desgaste, o risco é que tenhamos todas as corridas em uma parada, todas as equipes fazendo a mesma estratégia.

Cabe aos rivais da Red Bull impedir que fãs desliguem a TV

Além das preocupações com os pneus, há temores de que outra temporada de domínio da Red Bull possa estar por vir, já que ela parou de desenvolver seu carro de 2023 mais cedo para se concentrar no RB20.

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes-AMG

Photo by: James Sutton / Motorsport Images

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes-AMG

Wolff disse que o domínio de Max Verstappen ainda não dissuadiu o público da F1, mas os rivais devem se esforçar para garantir uma competição saudável e manter o campeonato divertido.

Embora haja uma crença de que a F1 passou a destacar seu envolvimento nas redes sociais devido à queda no número de telespectadores, Wolff disse: “Os números que estamos vendo são fortes.

“Estamos crescendo nas redes sociais; vemos corridas lotadas e esgotadas [embora os promotores reconheçam que qualquer impacto nas vendas do domínio da Red Bull será sentido mais fortemente no próximo ano].”

“Mas na verdade, tudo gira em torno do espetáculo. Se o espetáculo não for bom, nossos torcedores vão nos seguir menos.”

“Mas o que sempre digo no esporte é que gosto da honestidade. O espetáculo acompanha o esporte e isso é uma meritocracia.”

“Na verdade, você não pode impedir isso, então somos nós, a Ferrari e todas as outras equipes que temos que fazer um trabalho melhor para competir com a Red Bull Racing.”

"É claro que existe o risco de que, com um certo atraso, as pessoas digam: 'Bem, de qualquer maneira, já sei o resultado'... mas só precisamos fazer um trabalho melhor."

Colaborou Alex Kalinauckas

 

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