Para os pilotos da Williams, os cavalos do carro do time se transformaram em pôneis, assim como no famoso comercial de televisão. Em Monza, nos treinos livres desta sexta-feira, ambos os pilotos se queixaram da falta de velocidade nas retas.
De acordo com Rubens Barrichello, o problema principal está na asa, que não se adaptou bem e o faz perder muita velocidade. Uma das soluções para tentar amenizar o problema é mexer na relação das marchas.
"Nosso carro é bem lento na reta. Essa é a perda total que temos, só velocidade de reta. E não tem o que fazer. Estamos testando relações de marchas diferentes, meu carro pode até melhorar um pouco, mas é a asa traseira que fez nosso carro ser um dos mais lentos, a combinação asa-motor. Com esse tipo de 'qualidade', você fica abaixo da expectativa", analisa.
Os pneus geraram bolhas, segundo Rubinho, pois o carro também não ajuda na conservação dos mesmos, o que deve trazer dificuldades na escolha pela estratégia ideal na corrida do domingo.
"Os pneus médios se comportaram bem. Os macios têm de 0s6 a 1 segundo de diferença, são mais velozes, mas vulneráveis à temperatura. Chegamos a ter bolhas nos pneus traseiros, algo que os outros também devem ter experimentado. Precisamos entender, pois o domingo deve ser bem quente", destaca.
"Você tem de tentar salvar mais os pneus, mas hoje tivemos as condições de bolhas e nosso carro não é dos melhores em salvar os pneus. Nosso fim de semana será prejudicado pela velocidade, mas tudo pode acontecer. Tivemos muitas rodadas, batidas, coisas acontecendo. O final pode ser um ponto ou dois."
Seu companheiro, Pastor Maldonado, viu a empolgação após Spa ser enterrada com a falta de velocidade: "Estamos perdendo muito tempo nas retas. Agora, vamos analisar e ver o que podemos fazer para amanhã. Faltar velocidade aqui é a morte. A corrida ainda não aconteceu, então espero que consigamos reagir."
(Colaborou Felipe Motta, de Monza)