Ferrari ordenou abandono porque Vettel poderia ser eletrocutado
Ferrari informou que falha no sistema elétrico fez carro perder o isolamento e que parada imediata era necessária
Após o abandono de Sebastian Vettel no meio do GP da Rússia de Fórmula 1, o chefe de equipe da Ferrari, Mattia Binotto, explicou que era impossível aguardar que o piloto levasse o carro até os boxes por razões de segurança, já que uma falha no sistema elétrico danificou o isolamento do carro, criando o risco de choque elétrico, algo potencialmente perigoso, dados os elevados níveis de energia com os quais os motores híbridos operam.
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Com a necessidade de parar de imediato, Vettel precisou estacionar o veículo em um ponto da pista que causou o acionamento do carro de segurança virtual, dando uma enorme vantagem à Mercedes, que aproveitou o momento para levar Lewis Hamilton e Valtteri Bottas aos boxes e 'roubar' a liderança da prova das mãos da Ferrari de Charles Leclerc.
“Nós tivemos um problema no sistema híbrido da unidade de potência”, disse Binotto. “Tivemos uma perda de isolamento no carro. Paramos ele imediatamente por razões de segurança. É uma pena porque talvez 100 metros depois nós tínhamos a entrada dos boxes, mas foi a ação mais segura que poderíamos tomar por Seb, e obviamente a segurança vem primeiro”.
“Foi apenas por segurança. Se fosse pelo resto do carro, talvez tivéssemos parado em uma posição diferente. Mas havia realmente uma única instrução: ‘Assim que você puder, pare’ por causa da segurança".
Relembre todas as vitórias de Vettel na F1:
Perguntado se tais situações geralmente envolviam questões de segurança para o piloto, Binotto disse: “Normalmente não. Mas, obviamente, não tendo plena consciência de qual era o problema, sabíamos que havia uma perda de isolamento. Normalmente não há riscos para o piloto. Mas você está em áreas que talvez não sejam totalmente conhecidas, porque você não sabe exatamente qual é o problema. Para nós, era segurança”.
Binotto acredita que apesar dos controles eletrônicos terem sido danificados, Vettel não deverá sofrer punições no Japão, já que ele ainda tem sobras do início da temporada. “Precisamos ver, provavelmente nós perdemos o sistema de potência eletrônico, mas ainda temos um. Mas não temos intenção de sofrer uma punição não é, usaremos o que temos”.
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O diretor de provas da FIA, Michael Masi, explicou que o safety car virtual (VSC) era inevitável, já que os fiscais de pista precisaram lidar com um carro energizado. “Isso foi porque o carro estava inseguro do ponto de vista elétrico, e permaneceu inseguro pelo resto da corrida”, disse o australiano. “A decisão mais simples era acionar o VSC para retomar a prova da forma mais segura possível e garantir que os fiscais pudessem fazer o trabalho”.
“Voltando à área de segurança por causa do problema elétrico, nos certificamos de que estava em uma posição segura antes de prosseguir. Do nosso lado, você precisa ser muito mais cauteloso”. Masi elogiou Vettel por parar onde parou: “Sebastian fez um trabalho fantástico ao colocar o carro em um lugar tão próximo de um portão”.
Ferrari completa 90 anos e passa por jejum
A marca italiana completou nove décadas no fim de semana do GP da Itália. A equipe não vence um mundial desde 2008, quando foi campeã de construtores. O último título de pilotos foi o de Kimi Raikkonen, em 2007, o único da era pós Schumacher. Enquanto a Ferrari busca novas conquistas na F1, relembre todos os carros da lendária equipe na elite do automobilismo mundial:
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