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Ferrari sugeriu volta de carros clientes à F1 durante discussões sobre teto orçamentário

A equipe italiana propôs a volta do formato, proibido desde 2008, mas a ideia foi rejeitada pelas demais

Mattia Binotto, Team Principal Ferrari

Com a pandemia da Covid-19 projetando um grande impacto financeiro na Fórmula 1 e nas equipes, a categoria realizou diversos debates durante a paralisação sobre formas para reduzir os gastos com o mundial, garantindo o futuro do grid. E, entre as ideias que estiveram na mesa, a Ferrari ressuscitou um debate antigo da F1: a volta dos carros clientes.

No final, foi decidido pela manutenção dos carros de 2020 para o próximo ano, como forma de reduzir os gastos de desenvolvimento, além da redução do teto orçamentário, de 175 milhões de dólares para 145.

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Diversas outras propostas estiveram à mesa durante as negociações e, recentemente, surgiu a notícia de que o retorno dos carros clientes também foi discutido, apesar deles estarem proibidos na F1 desde 2008.

O chefe da Ferrari, Mattia Binotto, revelou que ele tentou criar um movimento para trazer de volta os carros clientes à F1, visando uma estrutura similar às equipes satélites na MotoGP.

"Sobre oque deveria ser o futuro, durante as discussões feitas na paralisação, como Ferrari, trouxemos de volta uma proposta para considerar equipes clientes, como temos na MotoGP", disse Binotto.

"Mas a proposta foi rejeitada por todas as equipes, a F1, a FIA, o que compreendemos. Acho que foi uma decisão tomada em conjunto".

O debate sobre carros clientes foi reacendido nas últimas semanas em meio aos protestos da Renault contra a Racing Point, devido às similaridades do RP20 deste ano em comparação à Mercedes W10 de 2019.

A Renault afirmou que esse protesto é crucial para definir quais serão os modelos futuros para as equipes da F1, enquanto a McLaren disse que também deseja explicações em meio a preocupações de que o esporte possa se tornar um "campeonato de cópias".

Perguntado pelo Motorsport.com sobre a posição da Ferrari acerca do assunto, Binotto disse que era importante que todas as equipes seguissem independente.

"Cada equipe deve permanecer independente. Elas precisam ser capazes de fazer seus próprios desenvolvimentos. Acho que agora eles terão meios para isso com o novo Pacto de Concórdia, e o regulamento é claro nisso. Seria ótimo termos 10 equipes, 10 carros diferentes no grid".

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