F1: Ferrari não espera melhorias "significativas" no GP do Canadá
Após mais um fim de semana decepcionante em Mônaco, expectativa para a corrida de Montreal, marcada pelas retas longas


A Ferrari não espera fazer grandes melhorias em seu carro de Fórmula 1 para o GP do Canadá, disputado no próximo fim de semana. "Sabemos que não fomos competitivos o suficiente até agora, mas não temos mais nenhuma mudança no carro que tenha um efeito significativo nos problemas que enfrentamos desde o início da temporada", disse o chefe da equipe, Mattia Binotto.
Apesar de liderar a pré-temporada, a escuderia não venceu nenhum dos seis grandes prêmios do ano, ficando 118 pontos atrás da Mercedes. A Ferrari trouxe melhorias aerodinâmicas para os GPs do Azerbaijão e da Espanha, e também introduziu um novo motor para o evento em Barcelona.
Leia também:
A Ferrari acredita que seu principal problema é não conseguir colocar os pneus deste ano em condições ideais porque seu carro não gera downforce suficiente. Por isso, a equipe começou a pressionar sua fábrica em Maranello para investigar novos conceitos que poderiam ajudar, mas esse trabalho ainda está em estágios iniciais.
Binotto advertiu após a última corrida em Mônaco que não acha que haverá qualquer “solução mágica no Canadá", mas estava otimista pelo fato de "Montreal ser uma pista diferente, com configuração diferente e compostos de pneu diferentes ", o que pode funcionar em favor da Ferrari. Ele também sublinhou que Montreal não é "a última corrida", enfatizando que a escuderia ainda tem tempo de mudar sua campanha.
A Ferrari pode ter uma chance melhor de superar a Mercedes em Montreal, porque as longas retas do Circuito Gilles Villeneuve são perfeitamente adequadas à vantagem direta da equipe italiana. Mas a falta de curvas de alta pode causar algumas dificuldades, especialmente se a temperatura for mais baixa. Perguntado pelo Motorsport.com se sente que o GP do Canadá oferece motivos para otimismo, Binotto disse: "Acho muito difícil julgar”.
"Acho que estaremos em melhor forma se comparado a Barcelona, mas eles [Mercedes] ainda têm o melhor carro, o mais forte no momento. Acho que eles ainda são os que devem estar à frente, mas talvez a lacuna seja mais próxima. Se houver alguma oportunidade, estaremos prontos".
A Mercedes não está indo para o Canadá acreditando que é a favorita, já que sabe bem o quão forte a Ferrari estava em Montreal no ano passado. Chefe da Mercedes, Toto Wolff afirmou: "Cada corrida é um grande desafio. Mônaco tradicionalmente não era a nossa melhor pista e sabíamos, pelo desempenho em curvas de baixa que vimos em Barcelona, que tínhamos uma oportunidade”.
"Mas Mônaco é diferente. Em termos de desempenho do carro, em uma única volta, definitivamente fomos os mais rápidos, mas em Montreal, a Ferrari foi ótima no ano passado".

Toto Wolff, Executive Director (Business), Mercedes AMG
Photo by: Steve Etherington / LAT Images

Chefão da McLaren diz que começa a ver sinais de Mercedes em sua equipe
Regras de 2021 não ficarão prontas em junho, diz chefe da Red Bull

Últimas notícias
F1: Wolff alerta FIA sobre porpoising e compara situação à NFL
Chefe da Mercedes entende que a entidade máxima do automobilismo precisa agir para impedir consequências a longo prazo
F1 - Chefe da Alpine 'corneta' Alonso: "Vamos bater a Aston Martin enquanto ele estiver lá"
Otmar Szafnauer comparou a situação das duas equipes: a que chefia atualmente com a que liderou por 12 anos
F1: Coulthard enxerga Verstappen mais "maduro" e "relaxado" após título mundial
Ex-F1 alegou que seria impossível holandês, em 2022, ser mais rápido do que na temporada anterior e apontou diferença em relação a Pérez
F1 - Wolff: Mercedes foi da "depressão à exuberância" em começo de temporada "doloroso"
Chefe da Mercedes fez um balanço da primeira metade de 2022, na qual o time alemão não conquistou nenhuma vitória