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Hamilton cita Ku Klux Klan ao denunciar racismo: “Precisamos mudar como educamos nossas crianças”

Em publicação no Instagram, Hamilton falou sobre a necessidade de mudar como as crianças são educadas para não replicar o ódio

Lewis Hamilton, Mercedes-AMG Petronas F1

Lewis Hamilton sempre usou suas redes sociais para abordar temas relevantes nos debates atuais, como sustentabilidade e racismo. E, desde a morte de George Floyd, ele tem feito uma série de publicações sobre desigualdade racial e a luta pelo fim do preconceito.

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Nesta terça-feira, o piloto fez mais uma publicação em seu Instagram sobre o tema. A foto mostra uma criança vestindo as roupas da Ku Klux Klan, movimento extremista norte-americano que defende bandeiras como a supremacia branca e o nacionalismo, interagindo com um policial negro.

 

“Essa foto foi tirada em 1992 em um evento da Ku Klux Klan”, disse Hamilton. “Essa criança nasceu com amor em seu coração, mas aprendeu a odiar. Isso é repugnante. Isso não deveria acontecer, mas está acontecendo no mundo todo, com os pais repassando seu ódio, seus medos e crenças”.

“Precisamos mudar como as pessoas são educadas, mudar como educamos nossas crianças para que eles não aprendam o que é ódio, que eles continuem sendo as almas amorosas e bondosas desde o nascimento”.

Ele completou a mensagem com a hashtag “temos que fazer melhor”.

Nas últimas semanas, Hamilton tem usado bastante seu perfil no Instagram para falar sobre o racismo e os protestos que acontecem nos Estados Unidos e no mundo após a morte de George Floyd.

“A semana passada foi tão escura que não consegui segurar minhas emoções”, escreveu Hamilton em um post publicado na terça-feira passada (2). “Senti muita raiva, tristeza e descrença no que meus olhos viram”.

“Muitas pessoas parecem surpresas, mas, para nós, infelizmente, não é surpreendente. Aqueles de nós, negros, pardos ou intermediários a veem todos os dias e não devem ter a sensação de que nascemos culpados, não pertencemos ou tememos por nossas vidas com base na cor da pele”.

Dias antes, Hamilton criticou o mundo do automobilismo pelo silêncio em meio aos protestos. “Nenhum sinal de ninguém da minha indústria que, logicamente, é um esporte dominado por brancos. Eu sou um dos poucos pilotos negros lá, mas, mesmo assim, eu me levanto sozinho”.

A cobrança de Hamilton surtiu efeito e, nos dias seguintes, pilotos e diversos campeonatos, não apenas a F1, começaram a falar sobre o tema, condenando a morte de Floyd e defendendo os protestos e a luta pelo fim do racismo.

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