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Hartley: mentira de engenheiro me ajudou a ficar em sexto

Brendon Hartley, da Toro Rosso, disse que uma mentira de seu engenheiro contribuiu para sua melhor classificação na F1 no GP do Japão, em Suzuka.

Brendon Hartley, Scuderia Toro Rosso

O neozelandês ficou logo à frente de seu parceiro, Pierre Gasly, em sexto, o que representou a primeira vez que a Honda conseguiu levar dois carros ao Q3 nesta atual passagem pela F1.

A chuva atingiu a pista ao fim do Q3, o que significa que as primeiras tentativas de cada piloto acabaram por ser aquelas que definiriam a ordem. No entanto, o asfalto não estava em suas melhores condições nem mesmo no começo da fase, já que havia chovido ao fim do Q2.

Hartley afirmou que seu engenheiro, Pierre Hamelin, havia dito a ele no começo do Q3 que a Force India havia melhorado seu tempo no Q2 – sendo que, na verdade, Esteban Ocon ficou 0s5 mais lento do que no Q2 e Sergio Pérez não conseguiu registrar uma volta limpa.

“Todas as sessões foram complicadas, porque as zebras estão sempre molhadas. Então foi traiçoeiro, você tinha e ser muito preciso”, disse Hartley.

“No Q3, meu engenheiro me disse pelo rádio que a Force India havia melhorado seu tempo, então [pensei que] ‘a pista está definitivamente OK’.”

“Agora olhei para os monitores e percebi que ele mentiu para mim. Então, ele me deu uma boa confiança de que no primeiro setor estaria seco, com boa aderência, o que era bom. Tive de ter total confiança nele.”

“A equipe fez um trabalho fantástico para nos colocar na pista na hora certa, e sem erros de ninguém hoje, então é ótimo.”

Questionado se já estava chovendo durante sua melhor volta na classificação, Hartley disse: “Sim, estava chovendo na viseira. E, obviamente, ao fim do Q2 estava chovendo tanto que não podíamos usar slicks.”

Gasly, o sétimo, diz que o resultado foi “inacreditável” para a Toro Rosso. No entanto, ele expressou sua decepção com a posição, já que disse que seu motor da Honda foi utilizado em um regime inferior ao de Hartley devido a um problema que sofreu durante os treinos.

“Tive sérias oscilações na hora de subir de marcha [no terceiro treino] e perdi muita potência”, explicou. “Não pudemos testar os ajustes de classificação, então, a partir do Q1, eu estava sempre com menos potência e tentando me recuperar volta após volta. Mas, no fim, não pudemos usar o motor de forma tão agressiva quanto o outro lado [da garagem].”

“Me faltou 0s2 ou 0s3 em minha volta mais rápida, o que é mais ou menos a diferença que nos faltou em comparação a Grosjean. Então, o quinto lugar era possível, o que teria sido o melhor do resto, o que é sempre legal do ponto de vista do piloto.”  

“Mas estar em sétimo, o que é a segunda ou terceira melhor classificação da temporada para mim, ainda me deixa feliz.”

Reportagem adicional de Adam Cooper

Pierre Gasly, Scuderia Toro Rosso STR13

Pierre Gasly, Scuderia Toro Rosso STR13

Photo by: Manuel Goria / Sutton Images

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