Mercedes defende estrategista após erro no GP da Áustria
Chefe da Mercedes na F1, Toto Wolff defendeu o estrategista de sua equipe, James Vowles, depois da decisão de não chamar Lewis Hamilton aos boxes durante o safety car virtual no GP da Áustria.
Hamilton foi o único dos ponteiros que não fez seu pitstop quando seu parceiro de equipe, Valtteri Bottas, provocou o acionamento do safety car virtual.
Seu engenheiro de corridas, Peter Bonnington, veio ao rádio e disse a Hamilton que ele teria de ganhar 8s em tempo de corrida.
Depois, Vowles veio por duas vezes falar diretamente com Hamilton, pedindo desculpas pelo erro e tentando motivá-lo ao dizer “nos dê aquilo que você é capaz” e “confiamos e acreditamos em você”.
Questionado sobre a decisão – e outras escolhas estratégicas do time em 2018 –, Wolff insistiu que a Mercedes apoia totalmente Vowles e afirmou que ele teve coragem de admitir um erro em uma mensagem que seria transmitida às emissoras de televisão.
“Não precisamos fazer mudanças. O mais importante é entender por que um erro acontece, voltar à situação e analisá-la”, disse.
“Não acho que cometeríamos um erro por duas vezes. Apenas foi que a situação é muito complexa. Extamos lutando com seis carros, e é uma situação dura.”
“Para mim, James é um dos melhores de todos, e é preciso coragem para chegar e, a fim de ter o melhor resultado possível, dizer, diante de milhões de pessoas, que ‘foi meu erro, você ainda consegue fazer isso com o carro que tem’.”
Wolff disse que colocar Vowles no rádio e admitir que a equipe de box cometeu um erro foi uma forma de motivar Hamilton.
“Para Lewis, liderando a corrida e saindo dos boxes em quarto, foi um momento em que ele estava realmente sofrendo.”
“E nós pensávamos que não estava tudo acabado. Queríamos recuperar o máximo de pontos que podíamos, e, em um estágio, estávamos todos sofrendo com o erro que cometemos.”
“James indo ao rádio com a mentalidade que temos, podemos dizer que cometemos um erro para encerrar o assunto e também dar a ele paz de espírito, de que há completa ciência dentro da equipe do que deu errado e que foi nosso erro para fazê-lo parar de pensar nisso.”
“Tratou-se de extrair o que restava de performance nele e ajudar a tirá-lo daquele ciclo mental de ‘como foi possível aquilo dar errado?’. Ao admitir o erro, é mais fácil sair dessa espiral.”
Wolff também elogiou Hamilton por sua mentalidade positiva na reunião pós-corridas, da qual membros da equipe que estavam na sede, no Reino Unido, também participaram.
“Tivemos uma reunião porque temos de seguir o protocolo. E ele chegou no rádio e disse: ‘Não sei quanto estão ouvindo agora de Brixworth e Brackley, mas não consigo lembrar quando abandonei pela última vez. Essa equipe tem a melhor confiabilidade dos últimos anos e foi de longe o carro mais rápido da corrida. É a melhor equipe pela qual já guiei. Então, precisamos nos recuperar disso, e não tenho dúvidas de que voltaremos fortes’. Essa é a mentalidade.”
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